O frio e a umidade registrados no mês de junho foram os principais responsáveis por um aumento de 10% na procura pelas emergências hospitalares em Passo Fundo. No Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), por exemplo, a maior parte das pessoas que tem necessitado atendimento hospitalar por conta de problemas respiratórios são os idosos.
Esse é um dos públicos mais atingidos, segundo o vice-diretor médico e coordenador da Emergência do HSVP, o médico Júlio César Stobbe, especialmente pela condição do organismo. “O frio e a umidade agravam as doenças respiratórias, principalmente nos extremos de idade, ou seja, crianças e idosos, além de portadores de doenças crônicas”, comenta. Além disso, Stobbe lembra que um grande número de idosos é portador de doenças crônicas, por isso “é comum que ocorram mais descompensações e, portanto, são os principais pacientes admitidos no setor de emergência”, explica o médico.
Evitar mudanças bruscas de temperatura, como sair de um local onde o ambiente estava sob efeito condicionador de ar para o frio da rua é uma das medidas para ficar longe das complicações respiratórias. “O principal é evitar mudanças bruscas de ambiente e exposições às intempéries de forma desnecessária. Outro fator extremamente importante para os pacientes portadores de doenças crônicas é a questão de sempre manter as medicações de uso crônico”, indica Stobbe. Utilizar as medicações de forma correta, conforme orientação médica é igualmente importante.
Atenção para os sintomas
Ao apresentar sintomas de gripe, qualquer pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo, evitando tomar medicamentos por conta própria, pois isso pode dificultar o diagnóstico, segundo orienta o Ministério da Saúde (MS). Outra questão importante é prestar atenção especial a determinados grupos mais vulneráveis, que têm maior chance de apresentar complicações como pneumonia e insuficiência respiratória, configurando um quadro denominado de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
De acordo com o MS, entre esses grupos, estão pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes e portadores de algumas doenças crônicas debilitantes – como câncer, HIV/Aids e outras imunodeficiências, doenças autoimunes, diabetes, pneumopatias, obesidade e cardiopatias.