De terno azul, barba e cabelos bem alinhados, e indiferente aos gritos de protestos, o advogado Maurício Dal Agnol, que chegou a figurar na lista de procurados da Interpol, desembarcou tranquilamente ontem, por volta das 17h50min, de uma caminhonete Land Rover Discovery, na rua Coronel Chicuta, caminhou alguns metros observado por seguranças particulares e entrou no prédio do fórum de Passo Fundo. Restando 12 dias para o término do prazo estabelecido pela Justiça, o homem acusado de ter aplicado um golpe milionário e lesado aproximadamente 100 mil pessoas, finalmente se apresentou à Justiça.
Dal Agnol evitou o elevador e subiu pelas escadarias do prédio até a 3ª Vara de Execuções Criminais, onde entregou à juíza Ana Cristina Frighetto, seu passaporte e pagou fiança no valor de R$ 1,6 milhão. Maurício chegou a ter a prisão preventiva decretada durante a Operação Carmelina desencadeada pelo Ministério Público e Polícia Federal, no final de fevereiro. No início deste mês, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça deferiu o pedido de habeas corpus e estabeleceu um prazo de 30 dias para que ele se apresentasse. Dal Agnol também terá de cumprir recolhimento domiciliar entre 21h até 6h do dia seguinte e comparecer todas as segundas e sextas-feiras na 3ª Vara de Execuções Criminais.
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