Junho já bateu recorde de chuva

Desde 2008 não era registrado volume de chuva acima de 200 milímetros no mês de junho. Este ano, o acumulado já caracteriza ocorrência do fenômeno El Niño no RS

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Com o grande acúmulo de chuva, o ponto de ônibus e a calçada ficaram intransitáveisCom o grande acúmulo de chuva, o ponto de ônibus e a calçada ficaram intransitáveis
Com o grande acúmulo de chuva, o ponto de ônibus e a calçada ficaram intransitáveis
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A frente fria que chegou na madrugada de segunda-feira (23) e trouxe chuva, não dá trégua para os gaúchos. Segundo o observador meteorológico da Embrapa Trigo, Ivegndonei Sampaio, o dia de hoje segue com pancadas de chuva, rajadas de vento e temperaturas amenas, entre 13°C e 16°C. No sábado, a chuva diminui, mas segue. A mínima deve ser de 12°C e máxima chega aos 18°C, entrando em declínio durante a noite. No domingo o mau tempo persiste e o dia começa com nevoeiro e garoa. Porém, já perdendo força, a área de instabilidade deve deixar as temperaturas entre 10°C e 15°C e o sol deve começar a aparecer, chegando em definitivo na segunda-feira (30).

Desde o início da semana até às 15h desta quinta-feira (26), foram registrados 150 milímetros de chuva, que somados ao restante do mês resultaram em 220 milímetros, 60% acima da média esperada para o mês de junho, que é 134 milímetros. Segundo Sampaio, em anos normais, sem a média de chuva acima do esperado, são registrados de 10 a 12 dias de chuva. Em 2014, até esta sexta-feira são 18 dias de precipitação. Além disso, a média da umidade chegou à 86%, quando o normal para este período é de 76%.

Desde 2008, quando choveu 232 milímetros no mês de junho, não se registrava uma quantidade tão grande de chuva como o ocorrido neste ano. De acordo com o observador, a chuva e as temperaturas mais altas que apareceram durante o outono, são característica da atuação do fenômeno El Niño no Estado. O mês de julho, que inicia na terça-feira, deve repetir o ocorrido neste mês, já que a média é de 161 milímetros. Para o observador, nos dois meses seguintes, dificilmente o volume de chuva ficará abaixo da média.

 

Em Passo Fundo alguns pontos ficaram totalmente alagados devido ao acumulado de chuva. Na Rua Ângelo Preto, na Vila Popular, uma parada de ônibus e uma calçada próximo a APAE foram tomadas pela água, obrigando moradores a desviarem pela rua. Na Av. Doutor Cesar Santos, no Bairro Petrópolis, a via alagada obrigou os motoristas a desviarem ou passarem pelo local em baixa velocidade.

Além disso, com a estrutura já em péssimas condições e alvo de muitas reclamações, a ponte situada na região do Capinzal, na localidade de Nossa Senhora Aparecida, continua em estado crítico em períodos de muita chuva. O lixo acumulado na beira da ponte provoca o transbordo, impossibilitando a passagem pelo local. Segundo moradores, enquanto a água passa por cima da ponte, as manilhas de concreto para a reforma estão depositadas a cerca de seis meses em um terreno ao lado.

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