Se aprender é apaixonante, por que educar, por vezes, se torna insuportável? Com este questionamento o espanhol Miguel Santos Guerra lançou as primeiras reflexões sobre a educação brasileira e as práticas de sala de aula. No segundo dia de conferências do IV Fórum Internacional de Educação de Marau, o tema foi ligado a que tipo de pessoa se quer formar nas escolas e como os professores se posicionam para obter o resultado desejado. Com o auditório do Parque Lauro Ricieri Bortolon lotado, Guerra foi categórico em afirmar que os problemas religiosos e políticos, sequer no meio empresarial. Ele disse que só poderemos mudar o país com mudanças profundas na educação.
Guerra criticou duramente os sistemas de avaliação da educação padronizados e fez um pedido especial aos professores presentes no evento. “ Se pudesse me colocaria de joelhos em frente aos senhores. Não rotulem seus alunos. Não os julguem, não os desanimem. E se alguém fizer isto com vocês, ignorem”, fazendo referências a forma como os professores se posicionam frente as dificuldades diversas manifestadas pelos estudantes em sala de aula.
O espanhol, que é doutor em ciências da educação, foi o quarto conferencista do evento que começou nesta quarta-feira, com recorde de participantes. Cerca de mil professores da Marau e região se inscreveram e participam do evento que encerra nesta sexta-feira, com uma palestra show do coreógrafo e pedagogo, Carlinhos de Jesus.
Para o último dia do evento foram reservados os temas ligados a transformações constantes do conhecimento e do saber, com o consultor em educação, Casemiro Campos; A necessidade de superação das diferenças de conhecimento sobre tecnologia entre as gerações, com Moisés Zylberzstjan e empreendedorismo e arte, com excelência em serviços, com Carlinhos de Jesus.
