As lavouras de canola já começam a perder o amarelo intenso e a cultura entra na fase de enchimento de grãos. Com boa resistência às adversidades climáticas ocorridas até o momento, a expectativa é de uma boa safra de acordo com dados da BSBios, que é uma das principais fomentadoras da produção do grão. A partir de agora, os produtores estão finalizando os manejos e esperam o fim do desenvolvimento da cultura para procederem a colheita.
Quem explica é o engenheiro agrônomo da BSBios Jeferson Lunelli. De acordo com ele o clima está favorável para a cultura, principalmente devido aos períodos de insolação intensa que favorecem o desenvolvimento nesta fase. Apesar da ocorrência de geadas, ele explica que não se observam perdas significativas nas áreas cultivadas. “Foi mínima a perda que tivemos e todas as áreas que atendemos estão com bom desenvolvimento para o estágio”, avalia.
De acordo com ele, apesar da influência do fenômeno El Niño, que geralmente ocasiona mais chuvas, se o clima confirmar as tendências apresentadas até o momento o risco de perdas é mínimo. “Praticamente não há riscos de perdas a partir de agora. A canola é uma cultura de inverno que tolera bem os fatores climáticos adversos. E dessa fase em diante como as previsões estão mostrando não teria problema, salvo alguma área esporádica que teria algum temporal, mas seriam áreas isoladas”, pontua.
Área duplicada
A área fomentada pela BSBios foi duplicada em relação ao ano passado. O aumento significativo se deve a alguns fatores principais. O principal é a excelente alternativa de renda para o inverno, o domínio da tecnologia por parte dos produtores e a tecnologia empregada, além da produtividade da última safra. “O preço da canola é atrelado ao preço da soja e foi fator que contribuiu para aumento de área e associado a esses fatores, a canola vem ao encontro da rotação de culturas”, analisa. De acordo com Lunelli os produtores entenderam que além de ser uma alternativa para o inverno, a canola também é uma opção para a rotação. Ela pode ser utilizada para quebrar o ciclo de doenças que afetam as culturas de inverno tradicionalmente cultivadas, como o trigo e a cevada, por exemplo, o que contribuiu para o aumento significativo.