De mãos dadas com a tradição

Fabiano e Janaína são casados há 14 anos, têm duas filhas e vivem a experiência de ser uma família dentro da rotina do tradicionalismo

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1996. Fabiano Lengler era um dos músicos que acompanhava a Invernada do CTG Getúlio Vargas. Janaína acompanhava os pais e a irmã que trabalhavam na cozinha da entidade. Em meio a um baile, se conheceram, começaram a se encontrar e engataram um namoro de quatro anos. Em 2000 se casaram e, hoje, ao lado das filhas Júlia, 11, e Joana, 3, frequentam o CTG Lalau Miranda e andam de mãos dadas com o tradicionalismo.

Fabiano nasceu em uma família tipicamente gaúcha. “Nós vivemos isso desde que eu me conheço por gente. Sempre vi meu avô andando de bombacha. É assim o nosso jeito de viver”, conta. Esse jeito de viver o levou ao encontro de Janaína. “Nos conhecemos em um baile. Foi meio de repente. Aconteceu e começamos a nos encontrar mais vezes e logo a namorar”, continua. Na semana seguinte, o calendário marcava a aproximação de um rodeio. Fabiano levou Janaína e, desde lá, ela sempre o acompanhou. “Até brincavam que ela era a mala de garupa, porque ela andava por todo o lugar comigo. Ela sempre esteve comigo em todas as atividades que participávamos e assim é até hoje”.

Com o casamento e a chegada da Júlia, foi preciso se adaptar. “Vivemos em função de música, dança, carne e mate. E as crianças vem vindo nessa pilha”, explica. O case do violão se tornou um berço para a pequena que se tornou filha não apenas de Fabiano e Janaína, mas de todo o grupo. “A Júlia foi uma das primeiras crianças que nasceu dentro da invernada. E ela sempre estava no colo de um ou de outro. Era a mascote do grupo. Quando as gurias faziam vestido, faziam vestido pra Júlia também”, comenta Fabiano. Logo, outras crianças começaram a aparecer: “O pessoal se tornou pai junto com a gente, cuidavam junto com a gente. Hoje tem praticamente uma creche lá e a Júlia ajuda a cuidar dos mais pequenos. E o pessoal se espelhou um pouco na gente porque viram que dá pra conciliar, que dá pra levar os filhos junto”, comenta Janaína.

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