Negociações entre Israel e Palestina serão retomadas quarta-feira

Em 20 de agosto, os dois lados acertaram um cessar-fogo que pôs fim a 50 dias de conflito em Gaza e previa que as negociações fossem retomadas no espaço de um mês, para discutir questões que ficaram pendentes.

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As negociações entre israelenses e palestinos sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza serão retomadas quarta-feira (24) no Cairo (Egito), anunciaram hoje (20) representantes dos dois países.

Em 20 de agosto, os dois lados acertaram um cessar-fogo que pôs fim a 50 dias de conflito em Gaza e previa que as negociações fossem retomadas no espaço de um mês, para discutir questões que ficaram pendentes. Entre esses assuntos estão a construção de um porto, a reabertura do aeroporto da Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros palestinos pelos restos mortais de soldados israelenses.

Na terça-feira (16), Israel e a Palestina chegaram a acordo sobre um “mecanismo provisório” para acelerar a reconstrução de Gaza, sob controle das Nações Unidas, que assegurará que os materiais de construção serão destinados a fins civis.

A Organização das Nações Unidas vai fornecer mais detalhes sobre o acordo durante reunião do comitê de ligação sobre a ajuda aos palestinos que, nesta segunda-feira (22), vai juntar representantes dos doadores à margem da Assembleia Geral da ONU.

A capital egípcia deverá sediar, em 12 de outubro, uma conferência sobre a reconstrução de Gaza.

Segundo fontes diplomáticas, as negociações entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, e às quais se associou a Jordânia – relativas a um projeto de resolução sobre Gaza prosseguem há várias semanas, mas parecem longe de um consenso.

O coordenador da ONU para o Oriente Médio, Robert Serry, que visitou Gaza na semana passada, testemunhou “destruições verdadeiramente terríveis provocadas na infraestrutura, em hospitais e escolas” em 50 dias de conflito entre Israel e o Hamas. Nesse período, 18 mil edifícios foram destruídos ou gravemente danificados, e 65 mil palestinos permanecem refugiados nas instalações locais da ONU.

Agência Brasil

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