O uso de plantas medicinais que nascem espontaneamente no campo pode ser uma alternativa eficaz e econômica para a prevenção de doenças nos tetos das vacas leiteiras. Em comparação com os produtos tradicionais, a economia pode ser superior a 90% com eficácia na desinfecção pré-dipping e no selamento dos tetos após a ordenha. A produção, utilização e identificação de plantas que podem ser usadas nesses manejos são abordados pela Emater durante a Agrotecno Leite que acontece até esta quinta-feira no Centro de Eventos e Campos Experimentais da UPF.
Entre as plantas que podem ser usadas como desinfetantes e antissépticas estão erva-de-bugre, eucalipto, alecrim, picão preto, erva-de-bico, macela, carqueja, aroeira vermelha, guanxuma e erva lanceta. Conforme a extencionista técnica social da Emater de Vila Maria Lisiane Andersson Ramos a maior parte dessas plantas nascem espontaneamente nas propriedades e o único custo que os agricultores teriam para utilizá-las seria com o álcool que é utilizado nos preparos. Além das plantas com propriedades desinfetantes, outra alternativa sugerida é o uso da linhaça para o selamento dos tetos após a ordenha. Lisiana explica que quando fervida na água a linhaça cria um líquido viscoso, parecido com a baba dos terneiros. “Depois da ordenha, os tetos permanecem abertos por até 40 minutos. Nesse período podem entrar bactérias que causam doenças. Com a linhaça, estamos imitando a natureza e prevenindo doenças como a mastite, por exemplo”, reitera.