Com apenas seis anos de idade, Caroline da Silva do Carmo, aluna da Oficina de Xadrez – Módulo II, oferecida pelo Instituto Roberto Pirovano Zanatta em parceria com a Prefeitura de Passo Fundo, foi campeã na categoria Sub-8, do Torneio Estudantil e Universitário de Xadrez, realizado no dia 27 de setembro, no Colégio Notre Dame Menino Jesus. “Ficamos muito felizes com esta conquista. A inciativa em participar deste torneio partiu dela e achávamos que seria mais uma brincadeira, mas ela saiu de lá como uma campeã”, conta Cristiane da Silva do Carmo, mãe de Caroline. Ainda participaram da competição as alunas Bianca Escobar e Bárbara Vitória Vieira, que também obteve boa pontuação, conquistando o quarto lugar na Categoria Sub-8.
Promovido pelo Passo Fundo Xadrez Clube, o evento teve competidores de, aproximadamente, 40 municípios da região, que disputaram nas categorias Sub-8 (nascidos após 2006), Sub-10 (nascidos em 2004 e 2005), Sub-12 (nascidos em 2002 e 2003), Sub-14 (nascidos em 2000 e 2001) e Sub-18 (nascidos entre 1996 e 1999), além da categoria Universitário. “Foi uma grata surpresa registrar a vitória das alunas das Oficinas promovidas Quiosque de Leitura Roberto Pirovano Zanatta. É mais um incentivo e uma importante forma de fortalecimento de nossas ações, que visam dar mais subsídios para a educação, leitura e cultura”, afirmou a coordenadora do Instituto, Raquel Pirovano. “Com certeza, o conhecimento obtido pela Caroline na Oficina de Xadrez foi muito importante para esta conquista. Ela participa das aulas desde o ano passado e, a partir de então, evoluiu muito, também na escola. O pai dela joga xadrez e ela sabia alguma coisa sobre movimentação de peças. Ao levarmos ela na oficina, começou a competir com outras crianças, o que desenvolveu esta habilidade que ela possui”, destaca a mãe da menina.
Idade para aprender
Conforme a oficineira de xadrez da Oficina do Quiosque, Kallyna Cirino, não existe idade para aprender a jogar xadrez. Ou seja, basta a criança saber identificar as peças e, então, já pode dar os primeiros passos da aprendizagem pedagógica, começando desde a sua origem, passando pela movimentação das peças, indo até jogadas estrategicamente estudadas e analisadas. “O importante é começar e não parar, pois o xadrez é um processo de aprendizagem contínuo. Quanto mais for praticado, mais aprimorado será o desenvolvimento da técnica”, diz.
Ainda de acordo com Kallyna, o xadrez beneficia muitos aspectos importantes e que precisam ser estimulados, como o raciocínio lógico. Também ativa a concentração, desenvolve a tomada de decisões, aguça a memória, trabalha a paciência, demanda a capacidade de planejamento , aumenta a confiança, proporciona o respeito ao adversário, instiga a imaginação e a versatilidade. “Creio que o aspecto primordial é que o xadrez desempenha um papel socializante essencial, por ensinar a lidar com a derrota e com a vitória, mostrando que a perda não é sinônimo de fracasso, nem a vitória é sinônimo de sucesso. O xadrez é capaz de mostrar as consequências de atitudes displicentes, que não tenham sido previamente calculadas e, por consequência, estimula o hábito de refletir antes de agir, além de ensinar a arcar com as responsabilidades dos próprios atos”, explica a oficineira.
