Ao comentar os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti(LIRAa), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse hoje (4) que o país pode pagar um preço caro caso vacile em relação aos cuidados para prevenir casos de dengue e de febre chikungunya.
“Os resultados que tivemos este ano no controle do número de casos de dengue foi muito expressivo. Essa redução de 61% deve ser comemorada e servir como referência para que a gente possa obter o mesmo impacto no controle da dengue no próximo ano”, disse. “Agora, temos a tarefa adicional e que nos preocupa bastante que é a febre chikungunya”, completou.
Dados da pasta indicam que, até o dia 25 de outubro, foram registrados 824 casos de chikungunya no país, sendo 39 importados de países como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Guiana Francesa.
Dos 785 casos considerados autóctones, 371 foram identificados em Feira de Santana (BA), 330 em Oiapoque (AP), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG) e um em Campo Grande (MS).
Chioro avaliou a situação no Brasil como delicada e destacou a responsabilidade de prefeitos, profissionais de saúde e população em geral em combater os criadouros do mosquito do gênero Aedes, que transmite ambas as doenças. “Quando a gente age preventivamente contra a dengue, estamos fazendo o mesmo com o chikungunya”.
A febre chikungunya é uma doença causada por um vírus do gênero Alphavirus. Os principais sintomas são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema. Eles costumam durar de três a dez dias. A letalidade da doença, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, é rara e menos frequente que nos casos de dengue.
O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou que, em razão dos sintomas em comum, casos de maior gravidade (quando há vômito e dor abdominal) devem ser tratados pelos profissionais de saúde como dengue, com internação e hidratação profunda do paciente para evitar o óbito.