Líderes da oposição na Câmara tentam definir hoje (18) uma estratégia para mudar o ritmo e de trabalho na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, diante da nova fase da Operação Lava-Jato da Polícia Federal que resultou na prisão de mais de 20 pessoas nos últimos dias, entre executivos e empresários de grandes empreiteiras. O principal objetivo do grupo, que está reunido a portas fechadas na sala da liderança do PPS na Casa, é encontrar uma forma para aprovar os mais de 400 requerimentos que foram apresentados no colegiado.
No topo da lista que está sendo estudada pelos líderes Rubens Bueno (PPS-SP), Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Mendonça Filho (DEM-PE) e por outros deputados como Nilson Leitão (PSDB-MT), Izalci (PSDB-DF) e João Dado (SD-SP), estão a convocação do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, acusado pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, durante delação premiada, de receber propinas de contratos firmados pela empresa pública.
Outro nome que a oposição prioriza é o do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, acusado de mediar contatos entre operadores do doleiro Alberto Youssef e o Fundo de Pensão dos Empregados da Petrobras, o Petros.
Os requerimentos também envolvem políticos como o ministro Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e deputados, como Luiz Argôlo (SD-BA), que teve o pedido de cassação de mandato aprovado pelo Conselho de Ética no final de outubro. Além de ouvir essas pessoas, a oposição também quer aprovar a quebra de sigilo das empreiteiras ligadas ao esquema de lavagem de dinheiro.
Parlamentares da CPMI têm reunião marcada para a tarde de hoje no Senado. A ideia da oposição é começar a colocar a estratégia em prática no encontro das 14h30.