Sincomércio entra na briga contra o piso

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“O Rio Grande do Sul tem perdido competitividade em decorrência de diversas limitações à expansão econômica. O piso salarial regional é uma delas, pois penaliza os estados que o praticam, colocando-os em uma posição ainda mais desfavorável do que observado em âmbito nacional”, destaca o presidente da Fecomércio-RS.

Nos últimos dois anos (2012 e 2013), o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho registrou um crescimento acumulado de 4,9% enquanto o PIB por emprego formal caiu 0,7%. No mesmo período, o piso salarial do Estado sofreu reajuste real de 10,9%. Com esses dados, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, exemplifica as distorções provocadas pela elevação sem critérios do mínimo regional. “A fixação de um piso salarial acima da capacidade de produção de determinadas funções pode gerar desemprego e informalidade, especialmente entre trabalhadores menos qualificados e com menor nível de renda”, sentencia.

Conforme Bohn, desde o estabelecimento do piso regional no Rio Grande do Sul, o PIB do Brasil cresceu 51,7% em termos reais, enquanto o do Estado se expandiu apenas 42,2%, perdendo espaço para outras unidades da Federação. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil apresentou, entre 2000 e 2010, melhora de 18,8%, enquanto no RS esse indicador foi de 12,3%.

Ainda de acordo com o dirigente da Fecomércio-RS, o piso estadual tem causado o esvaziamento do papel do sindicalismo e avançado sua abrangência sobre diversas categorias organizadas. “O direito de negociar é elemento essencial da liberdade sindical estabelecida no Brasil há muitas décadas. Não se pode admitir que a conduta anti-sindical, tão intensamente combatida em nosso País, seja intentada pelo próprio Estado”, conclui Bohn.

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