As organizações não governamentais (ONGs) que estão em Lima como observadores das negociações internacionais sobre o clima criticaram a falta de progressos para alcançar um acordo multilateral, que deve estar concluído dentro de um ano. As ONGs classificam que a atividade está marcada por “falsos começos” desde o início das atividades.
A 20ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP-20), que começou na segunda-feira (1º) e vai até 12 de dezembro, deverá reunir as bases do futuro acordo em que participará, pela primeira vez, toda a comunidade internacional na luta contra o aquecimento global.
Para as organizações existem duas concepções em confronto para o futuro acordo, aguardado para o final de 2015 em Paris. Uma delas está “centrada nos esforços de redução dos gases de efeito estufa” e a outra, “mais global, inclui questões de adaptação (às alterações climáticas) e de financiamento”.
“O Protocolo de Quioto é centrado na redução de gases de efeito estufa (dos países desenvolvidos), mas, para o futuro acordo, os países em desenvolvimento pretendem que a adaptação aos impactos do aquecimento seja incluída”, destacou Meena Raman, da ONG Rede do Terceiro Mundo.
Para Alix Mazounie, do grupo de organizações francesas Ação Contra o Clima, as negociações não começaram verdadeiramente. “É verdade que a primeira semana (das conferências anuais da ONU sobre o clima) costumam ser assim, com muitas posições e os países traçando até onde podem ir”, concluiu.