Mesmo com a possibilidade de adiamento do prazo para emplacamento de equipamentos agrícolas para janeiro de 2016, agricultores de Passo Fundo e região realizaram um protesto na quinta-feira (11) contra a resolução. Em Passo Fundo, o trânsito de três rodovias foi interrompido durante manhã e tarde. Na região houve protestos em Mato Castelhano, Erechim, Carazinho, além de outros pontos. O pedido dos agricultores é pela extinção da resolução que determina o emplacamento dos equipamentos, que poderá prejudicar e até inviabilizar a produção em algumas propriedades devido ao elevado custo.
Os protestos em Passo Fundo trancaram o trânsito na BR-285, no entroncamento com a ERS-324, ponto onde a 324 também teve fluxo interrompido, e na ERS-135 na saída para Ernestina. Conforme o vice-presidente do Sindicato Rural de Passo Fundo e presidente da Associação de Produtores Rurais de Pontão Jair Dutra Rodrigues a possibilidade de prorrogação do prazo não é suficiente. “A prorrogação só vai adiar um novo manifesto. Vamos utilizar esse prazo para tratar com os nossos parlamentares para extinguirem essa lei. É o que desejamos. O manifesto sai hoje porque não foi nem prorrogada. Dia 18, o Contran, o Detran e o Ministério das Cidades vão se encontrar pra fazer a prorrogação, se houver a prorrogação. O que queremos é a extinção”, acrescenta. À tarde, o grupo fez um tratoraço pela avenida Brasil, precorrendo o trajeto entre o trevo da caravela e a prefeitura
A Resolução 447/2013, do Contran, que está em vigor, determina o emplacamento dessas máquinas até 31 de dezembro de 2014. A reunião do Contran está marcada para o próximo dia 18 (quinta-feira). Segundo o governo, o adiamento é necessário para concluir a adaptação do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavan). Para o representante da categoria, a cobrança do IPVA sobre os equipamentos agrícolas poderá ter sérios efeitos negativos que incluem até a inviabilização de produção em algumas propriedades. “Até pensamos no êxodo rural que poderá aumentar porque muitos produtores vão desistir de plantar ou vão arrendar propriedades para produtores maiores”, alerta.