Para FIERGS, suspensão do reajuste foi decisão foi acertada

O presidente da Fiergs lembra ainda que o piso regional não teve contrapartida na geração de empregos formais para o total da economia do Estado

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A suspensão do reajuste de 16% no piso mínimo regional, nessa terça-feira, pelo Tribunal de Justiça atende a reivindicação que as entidades empresariais gaúchas vêm fazendo ao governo do Estado. “Essa é uma decisão acertada. O aumento artificial do piso regional vai complicar ainda mais a nossa economia. O índice contamina negociações de todas as categorias, criando uma irrealidade que não se traduz em poder de compra para os trabalhadores, uma vez que diminui a competitividade das empresas e impulsiona a inflação”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller. “É preciso entender que se dinamizar a economia fosse algo simples, no sentido de que apenas elevar o salário resolveria todos os problemas, não haveria, no mundo todo, nenhuma região pobre”, completou. A legislação federal (Lei do Piso) não permite aumento no segundo semestre de ano eleitoral. 

Os líderes da FIERGS, Farsul, Fecomércio, Federasul e da FCDL também são contra a existência do mínimo regional. “Perdemos competitividade diante das fábricas localizadas em 22 Estados brasileiros, pois apenas cinco deles se utilizam de salários regionais. Soma-se a concorrência dos importados sem a equalização de custos, o que implica a perda de mercados. Portanto, com o aumento salarial, o setor industrial gaúcho sofreria um duplo golpe de resultados altamente negativos para toda a sociedade, seja pelo potencial aumento do desemprego, seja pelo corte na geração de oportunidades e renda”, argumenta Müller. 

O presidente da Fiergs lembra ainda que o piso regional não teve contrapartida na geração de empregos formais para o total da economia do Estado e no crescimento econômico. No acumulado entre janeiro e setembro, a geração média de postos por trabalho ao ano, entre 2007 e 2010, foi de 83,8 mil, enquanto esse número caiu para 76,2 mil entre 2011 e 2014. 

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