Um ataque promovido hoje (07) nos escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo fez doze mortos, segundo o Ministério Público de Paris. Informações anteriores, da câmara municipal de Paris e da polícia, davam conta de pelo menos um morto e seis feridos em estado grave.
A Presidência francesa informou que o presidente François Hollande se dirigiu para o local e convocou uma reunião do gabinete de crise para 15h (horário local). Já no local do atentado, Hollande concedeu uma entrevista coletiva.
Segundo testemunhas, homens portando armas automáticas atacaram os escritórios do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Paris, por volta das 11h30 (8h30 em Brasília). Entre os mortos estão cartunistas, policiais e outros funcionários da publicação.
A redação do jornal satírico, publicado semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu suas instalações. Esse incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia, após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou o atentado. “Condeno veementemente o ataque terrorista no escritório da revista Charlie Hebdo”, declarou Stoltenberg em um comunicado divulgado pela Otan. O secretário-geral qualificou o atentado de “um ato bárbaro” e um “ataque ultrajante à liberdade de imprensa”. Stoltenberg afirmou que todos os países-membros da organização continuarão atuando conjuntamente contra o terrorismo. “Terrorismo em todas as suas formas e manifestações, que não pode ser tolerado ou justificado”.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, também condenou o ataque “brutal e desumano” contra o jornal, classificando-o como “ato intolerável”. “Estou profundamente chocado com o ataque brutal e desumano perpetrado contra as instalações do Charlie Hebdo”, disse Juncker, num comunicado divulgado em Bruxelas. Ele ressaltou que o atentado terrorista foi "uma barbárie". Juncker enviou condolências às famílias das vítimas e manifestou solidariedade aos franceses.
Até o momento, nenhuma organização assumiu a autoria do atentado, que já é apontado por alguns veículos de imprensa franceses como um dos mais graves de toda a história do país. Mais cedo, o presidente francês, François Hollande, declarou que o país vive “um momento extremamente difícil”. O gabinete do primeiro-ministro, Manuel Valls, anunciou que elevou o nível de alerta na região de Paris para o máximo, designado “alerta de atentado”.
Com informações da Agência Brasil