Característica do verão, o índice extremo de raios ultravioletas deve ser encarado com precaução, especialmente no que se refere à preocupação com a exposição ao sol. Se de um lado os dias ensolarados requerem uma maior exposição do corpo aos raios solares, com uso de roupas mais curtas, o uso do protetor solar fica ainda mais evidente. Isso, porque níveis extremos significa dizer mais radiação, ou seja, no linguajar popular é o mesmo que dizer que o sol fica mais forte e, com isso torna-se mais prejudicial à pele.
Embora não exista medidor dessa radiação no município, o alerta sobre o Índice de Raios Ultravioletas (IUV) é do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cpetec) que vem apontando nos últimos dias para índices entre 12 e 16. De acordo com informações da Estação Meteorológica da Embrapa Trigo , durante a primavera e o verão, quando o céu está limpo, em nuvens, esse índice costuma ficar entre os mais altos. Quando o céu está com nuvens, por outro lado, elas são capazes de filtrar esses raios, o que os torna menos prejudiciais.
Por isso, o momento requer cuidado para evitar a exposição excessiva ao sol, especialmente porque isto favorece o aparecimento do câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, este é o tipo de o câncer mais frequente. A doença corresponde a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados em todas as regiões. A radiação ultravioleta natural, proveniente do sol, é o seu maior agente causador.
O principal alerta do Inca é que em decorrência da destruição da camada de ozônio, os raios UV-B, que estão intrinsecamente relacionados ao surgimento do câncer de pele, têm aumentado progressivamente sua incidência sobre a Terra. Da mesma forma, tem ocorrido um aumento da incidência dos raios UV-C, que são potencialmente mais carcinogênicos do que os UV-B.
O que é este índice
O Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida da intensidade da radiação UV, relevante aos efeitos sobre a pele humana, incidente sobre a superfície da Terra. O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Isto é, no período referente ao meio-dia solar, o horário de máxima intensidade de radiação solar. Como a cobertura de nuvens é algo muito dinâmico e variável, o IUV é sempre apresentado para uma condição de céu claro. Isto é, para ausência de nuvens que, na maioria dos casos, representa a máxima intensidade de radiação.
É hora de se proteger contra o sol!
Para auxiliar as pessoas no cuidado com a exposição ao sol, o Inca elaborou algumas dicas. Confira:
* Para a prevenção não só do câncer de pele como também das outras lesões provocadas pelos raios UV é necessário evitar a exposição ao sol sem proteção. É preciso usar chapéus, guarda-sóis, óculos escuros e filtros solares durante qualquer atividade ao ar livre e evitar a exposição em horários em que os raios ultravioletas são mais intensos, ou seja, das 10 às 16 horas.
* Nem todos os filtros solares oferecem proteção completa para os raios UV-B e raios UV-A. Além disso, suprimem os sinais de excesso de exposição ao sol, tais como as queimaduras, o que faz com que as pessoas se exponham excessivamente às radiações que eles não bloqueiam, como a infravermelha. Criam, portanto, uma falsa sensação de segurança e encorajam as pessoas a se exporem ao sol por mais tempo.
* O uso do filtro solar não tem como objetivo permitir o aumento do tempo de exposição ao sol, nem estimular o bronzeamento. É importante lembrar, também, que o real fator de proteção varia com a espessura da camada de creme aplicada, a frequência da aplicação, a perspiração e a exposição à água.
* É recomendado que durante a exposição ao sol sejam usados filtros com FPS de 15 ou mais. Também devem ser tomadas precauções na hora de se escolher um filtro solar, no sentido de se procurarem os que protegem também contra os raios UV-A. Os filtros solares devem ser aplicados antes da exposição ao sol e reaplicados após nadar, suar e se secar com toalhas.