Atraso nos repasses do Estado já reflete nas instituições da região

Segundo informações do Sindisaúde, diversos hospitais da região estão chamando funcionários para comunicar que pagamento da totalidade dos salários será feita com atrasos

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Em pelo menos três hospitais filantrópicos da região de abrangência do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaúde - sede Passo Fundo) os atrasos nos repasses por parte do governo do Estado já estão afetando o pagamento dos salários dos funcionários. De acordo com a presidente do Sindisaúde, Terezinha Perissinotto, atrasos já ocorreram nos hospitais de Serafina Correa, Palmeira das Missões e Carazinho. Além desses, na quarta-feira (28) o sindicato foi até Soledade para acompanhar a situação dos trabalhadores daquele município que foram informados pela direção do hospital que no início de fevereiro será pago apenas 50% do salário, sendo que o recebimento da outra metade está ainda sem previsão.

“Somos contra o atraso de qualquer repasse, porque os serviços que os hospitais cobram são serviços que eles já prestaram. E, se não repassar, não tem salário para os trabalhadores. Então, estamos sempre, de uma forma ou de outra, contribuindo nessa discussão, principalmente cobrando do governo e dos responsáveis por essa situação o repasse de recursos para os hospitais, porque não da para permitirmos o atraso de salários das pessoas”, salienta Terezinha.

A situação está sendo definida pelo sindicato como bastante delicada. Para acompanhar as questões pontuais de cada instituição, a direção do sindicato está percorrendo alguns municípios da sua área de atuação. “Estivemos nesta quarta-feira em Soledade, porque a direção do hospital estava colocando que vai pagar 50% do salário no início do mês e o restante não tem previsão. Isso é bastante delicado. Situação parecida aconteceu no mês passado em Serafina Correa, em que o salário dos funcionários foi pago entre o dia 15 e 16. Marau já veio a público dizer que se continuar essa situação também terão que pagar parcelado ou atrasar o pagamento. Em Palmeira das Missões a situação também é essa, assim como em Carazinho. É uma coisa que já não vinha acontecendo há algum tempo e agora volta a acontecer atraso e isso é um prejuízo para o trabalhador bastante grande”, ressalta.

Ano de reivindicações
Além dessa questão, outros temas pertinentes vem sendo acompanhados pelo sindicado. Segundo Terezinha, na semana passada foi realizada uma reunião da Federação, que engloba 27 entidades, em que foram definidas as reivindicações que devem pautar o sindicado durante o ano de 2015. “A partir de março estaremos nas ruas. Temos negociações, data-base. Para nós este ano é de um cenário bastante complicado. Na assembleia quarta-feria com os trabalhadores da saúde de Passo Fundo, por exemplo, houve uma queixa geral em função de salários, jornada e nessas condições que estão se apresentando, com possibilidades de atrasos, isso tudo é um prejuízo muito grande para nós trabalhadores”, destaca.

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