Há mais de 30 anos realizando discussões, debates e estudos a respeito da viabilidade do cultivo do trigo no Rio Grande do Sul, produtores de Passo Fundo e região estão mobilizados para a criação de uma Associação, que deverá ser responsável pela condução de uma política mais eficiente para atender às demandas da comercialização do cereal produzido no estado.
Para tratar do assunto, um debate entre integrantes da diretoria do Sindicato Rural de Passo Fundo e associados vinculados à cultura foi realizado na noite do dia 27/01, na sede do Sindicato. Na ocasião, os membros da Comissão Setorial do Trigo do Sindicato, Júlio Susin e João Batista Fernandes da Silveira, acompanhados do presidente, Paulo de Tarso Silva, apresentaram os principais fatores que dificultam a venda do trigo. “Constatamos que, embora a produção seja inferior ao consumo, devemos procurar mercado externo por questões políticas e de logística. Além disso, os preços de nosso produto são sempre inferiores mesmo que tenhamos qualidade. Existem dificuldades de retirada da produção do estado, além da má fama de que nosso trigo é ruim, mesmo que seja de boa qualidade", disse Susin.
Conforme os produtores, é necessária a criação da associação para organizar a cadeia, unir propósitos, prospectar mercado e cobrar ações políticas para que sejam conquistadas melhorias na cadeia tritícola de todo o RS. “Esta associação deverá acontecer entre cooperativas, cerealistas, produtores e indústria moageira. Cremos que este será o início de um importante processo e que, com os resultados deste trabalho, mais entidades irão aderir a esta nova Associação”, destaca Fernandes. Produtores e sindicatos rurais de todo o estado estão sendo convidados para participarem, no dia 13 de fevereiro, de uma nova reunião na sede do Sindicato Rural de Passo Fundo, para debater o assunto, com a presença de representantes da Farsul, entre outras entidades ligadas à cadeia produtiva.