Bloqueios seguem em vários pontos da região

Paralisação dos caminhoneiros gera preocupação nos segmentos produtivos

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Os caminhoneiros seguem o protesto em todo o país. Na região de Passo Fundo, na ERS 153, no km 38, em frente ao Posto Asa Branca, em direção a Erechim, caminhoneiros e agricultores estão reunidos. Apenas são parados caminhões. Na oportunidade, eles expõem as reivindicações da categoria. Não há congestionamento no local. A pista está liberada.

No km 47 da ERS 153, em Getúlio Vargas, o trânsito está liberado. Segundo os manifestantes, caminhões que possuem ração, leite, alimentos perecíveis tem a passagem liberada. Quando não há este tipo de carga, eles abordam o caminhão e expõem as reivindicações da categoria. Caso o condutor queira se juntar ao movimento ele permanece no local com os demais. Caso contrário terá que retornar ao local de origem.

Fiergs

Os prejuízos ao setor industrial pela paralisação dos caminhoneiros foi um dos assuntos abordados pelas entidades empresariais da região Sul do Brasil em encontro que reuniu representantes dos caminhoneiros e governo federal, nesta quarta-feira (25), em Brasília. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, “as consequências da falta de transporte de insumos e produtos têm chegado até a entidade diariamente, principalmente do segmento de perecíveis – o primeiro a ser atingido. As dificuldades afetam ainda o suprimento de rações animais, embalagens e peças para manufatura, entre outros. As repercussões negativas são imensas e impossíveis de serem mensuradas ainda”. A reunião foi conduzida pelos ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; e pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu. 

O presidente da Fiergs destacou ainda que entre 60% e 70% das empresas de laticínios estão sem receber a matéria-prima. O Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat-RS) ingressou com pedido de sete liminares para a desobstrução de rodovias, sendo que quatro já foram deferidas. Em relação à ação ajuizada pela Advocacia Geral da União contra o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande, a Justiça já determinou multa processual de R$ 5 mil por hora de permanência não autorizada em qualquer dos trechos das rodovias federais BR-293, BR-116 e BR-392, situados sob a jurisdição da Subseção Judiciária de Pelotas. 

Suinocultores

O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, Valdecir Luis Folador, avalia que a situação da suinocultura em todo o Estado gaúcho é grave em função da paralisação dos caminhoneiros, que acontece em todo o País. Após levantamento feito na manhã de hoje (26), o dirigente verificou que os frigoríficos de todo o Estado já pararam ou estão parando ou reduzindo suas atividades. Nas granjas, em especial nas regiões Norte, Nordeste, Serra gaúcha e de Erechim, Três Passos, Santa Rosa, Sarandi e Frederico Westphalen o abastecimento de insumos para ração também não está acontecendo e os animais vão morrer de fome. “A situação é de caos e o produtor não tem o que fazer. Se não for resolvido, em dois dias vai haver um colapso na suinocultura”, ressalta. Folador cobra a solução imediata do Governo Federal e autoridades.

            

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