Começa a faltar combustíveis em alguns municípios da região

Grevistas querem a redução de R$0,50 no diesel, mas governo não vai atender a medida. A promessa é de intensificação da mobilização

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A greve dos caminhoneiros que completa o terceiro dia na região, começa a trazer reflexos no abastecimento de combustíveis nos postos de Marau, Tapejara, Getúlio Vargas e Carazinho. O governo federal se reuniu, na tarde de ontem, com representantes dos caminhoneiros. A categoria exige a redução imediata de R$0,50 no valor do diesel até definição do frete mínimo. Porém, o governo se comprometeu em avançar nas pautas dos caminhoneiros, mas disse que não pretende fazer a redução solicitada. Com isso, representantes da categoria destacaram que pretendem intensificar os bloqueios se a medida não for atendida. Dessa forma, a greve continua sem prazo para terminar, mas o movimento está impedido de paralisar o fluxo nas rodovias federais, porém, ontem ocorrem bloqueios na BR-386, em Tabaí. A promessa é que os bloqueios se concentrem hoje em Triunfo no acesso ao Polo Petroquímico.

De acordo com o diretor do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpetro) Roger Lara, Passo Fundo não deve sofrer os efeitos da greve no setor já que o abastecido acontece através da via férrea até o terminal petroquímico que também abastece os municípios vizinhos. Mas o maior problema acontece na região já que o abastecimento ocorre através de caminhões tanques, que obrigatoriamente, utilizam as rodovias para fazer o abastecimento. Segundo o presidente estadual do Sulpetro, Adão Oliveira, o sindicato está de mãos amarradas diante da situação e aponta que se o governo não adotar nenhuma medida que coloque fim a greve as cidades do interior poderão sofrer um colapso com a falta de combustíveis. Segundo ele, os postos trabalham com estoques que duram, em períodos normais, de 48h a 72h, porém com o aumento da procura a perspectiva é que os estoques acabem logo.

Filas na região
Na tarde de ontem, em Marau, alguns postos não possuíam mais combustíveis. Com isso, muitos motoristas formaram filas para abastecer. Durante a tarde dois postos não ofereciam mais gasolina comum e aditivada. Apenas os postos das margens da ERS -324 em Marau garantiram o abastecimento, mas apenas até às 23h. Em Getúlio Vargas a situação não foi diferente. Os motoristas também formaram filas em Getúlio Vargas e a expectativa é que os estoques acabassem até o final do dia. Carazinho também registrou falta de combustíveis. Em Tapejara, apenas um posto de combustível apresentava o serviço de abastecimento normalizado, enquanto os demais operavam com falta de algum tipo de combustível.

Produção interrompida
A produção do segundo turno da unidade de aves da BRF de Marau foi suspensa na tarde de ontem. Porém, a Gerência Industrial da Unidade informou por meio de nota, que a produção da unidade de industrializados, que inclui a produção de salames e também o processo de produção de rações, acontece normalmente.

Grupo de negociação
O Governo do Estado determinou a criação de um grupo, liderado pelas secretarias da Agricultura e Pecuária e dos Transportes e Mobilidade, com o objetivo de reunir todos os setores envolvidos para mediar um processo de negociação e construir uma solução que atenda a todos, sem prejuízo aos gaúchos.
Federação dos Caminhoneiros usa espaço  Por solicitação do vereador, Renato Tiecher (SDD), o integrante da Federação dos Caminhoneiros, Arlindo Morbini Filho, usou a Tribuna Popular na tarde de ontem. Ele destacou uma lista de reivindicações da categoria e explicou a importância das manifestações dos caminhoneiros no Estado, as quais visam chamar a atenção das autoridades em relação as demandas da categoria.

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