Agências das Nações Unidas permanecem mobilizadas nesta segunda-feira (27) para prestar assistência à população do Nepal, após o terremoto de 7.8 graus de magnitude na escala Richter, que causou a matou mais de 4 mil pessoas.
Em entrevista à Rádio ONU, o representante da Unesco no Nepal, Christian Manhart, explicou que muitas rodovias estão bloqueadas com entulho das construções destruídas pelo terremoto e a comunicação está bastante comprometida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 5 milhões de pessoas foram afetadas pela tragédia. Nas primeiras horas após o terremoto de sábado (25), a OMS distribuiu medicamentos suficientes para tratar 40 mil feridos. Mas a agência da ONU precisa de US$ 5 milhões para suas operações humanitárias e está aceitando contribuições financeiras de países doadores e parceiros.
Segundo a agência, tratar os feridos continua sendo a principal necessidade na capital Katmandu. Os hospitais estão lotados de pacientes e há relatos de médicos tratando pessoas nas ruas. Fornecer medicamentos, equipamentos cirúrgicos, cuidados de saúde mental, apoio psicossocial e ajudar a população a se recuperar dos traumas causados pela tragédia são as prioridades.
A OMS também está enviando ao país uma equipe de 10 especialistas em saúde pública e resposta a desastres, em apoio aos trabalhos do governo nas áreas de epidemiologia, vigilância de saúde, logística e saúde mental.
Já o Programa Mundial de Alimentos (PMA) mobiliza estoques de comida na região e enviará um avião amanhã (28) com biscoitos energéticos e outros itens de ajuda. Equipes especializadas do PMA já estão em Katmandu ajudando na resposta ao desastre.
A agência da ONU para Refugiados (Acnur) enviou nesta segunda-feira 11 mil lonas de plástico e 4 mil lanternas solares para alguns distritos nepaleses a pedido das autoridades locais. Um avião de carga sairá de Dubai também com lonas e lanternas.
Segundo a Acnur, as lonas fornecerão abrigo para as vítimas do terremoto que perderam suas casas. Na falta de eletricidade, as lanternas solares poderão fornecer alguma luz em áreas afetadas pelo desastre e ajudar as famílias a carregar as baterias dos celulares.
O país tem mais de 21 mil refugiados do Butão, que vivem em acampamentos no Leste do país e cerca de 650 refugiados e requerentes de asilo na região de Katmandu, de acordo com a Acnur.
Agência Brasil