O número de mortos devido ao deslizamento de terras na Colômbia subiu para 61, considerada uma das piores tragédias naturais dos últimos anos no país. As vítimas viviam no município de Salgar, no departamento de Antioquia, atingido por uma avalanche na segunda-feira (18), enquanto os moradores dormiam.
Toneladas de lodo arrastaram casas com pessoas, além de árvores e veículos, e destruíram campos de cultivo em Salgar, município de agricultores com 18 mil habitantes. As fortes chuvas que assolaram a região fizeram transbordar o rio no vale de Liboriana, local de difícil acesso e agora coberto de lama e detritos. A presidente da Câmara de Salgar, Olga Osorio, disse que a aldeia foi praticamente "apagada do mapa".
De acordo com a Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres, os corpos estão sendo levados para o Instituto de Medicina Legal em Medellín, onde será feito o processo de identificação. Além dos 61 mortos, contabilizam-se 37 feridos, um número indeterminado de desaparecidos e 31 casas afetadas.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou estado de calamidade pública em Salgar, depois de se reunir com as autoridades locais e regionais. "A primeira coisa que se fez foi declarar [o estado de] calamidade pública, para se poder ter a flexibilidade de usar os recursos onde são mais necessários", afirmou Santos.