Histórias que se cruzam para um final feliz

Nem sempre o ideal ?EURoenamoro-casamento-filhos?EUR? perseguido pelas pessoas se concretiza. Algumas vezes só algumas partes acontecem: pode ser apenas namoro-casamento, ou talvez namoro-filhos. Muitas histórias de famílias podem começar bem diferentes e seguir modelos nada tradicionais

Por
· 2 min de leitura
Adoção pode ser responsável por intervenções positivas nas vidas de crianças e adultas Crédito: Adoção pode ser responsável por intervenções positivas nas vidas de crianças e adultas Crédito:
Adoção pode ser responsável por intervenções positivas nas vidas de crianças e adultas Crédito:
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Quem acredita que tudo na vida acontece por uma razão, certamente vai entender a afirmação de que filhos não precisam crescer na barriga da pessoa que irá criá-los. Vai entender também que filhos adotivos são gerados no coração. E terá ainda a sensibilidade de compreender  que em qualquer desses modelos pode nascer uma família. Mesmo que ela comece em meio a uma separação e uma adoção.

É essa a história de Cleberson (o pai) e Claisson (o filho). Até os nove, quase dez anos de Claisson, eles sequer se conheciam, mas hoje, prestes a completar 11 anos, eles são uma família. As vidas deles se cruzaram porque houve o desejo de um casal em ter um filho. A ideia de gerar no próprio ventre não era possível, então a opção foi começar os trâmites para a adoção. De outro lado, um casal com cinco filhos e uma triste história que acabou com a destituição do poder dos pais sobre os filhos e a entrada dessas crianças na lista de aptos à adoção.

O fator incentivador para o processo de adoção partiu da então esposa que Cleberson, que queria muito ter um filho. “Desde o início do nosso casamento, ela sempre falava que um dia gostaria de adotar uma criança. O tempo foi passando e ela descobriu que não poderia engravidar e então a vontade de adotar cresceu”, conta Cleberson. Então ela foi atrás de resolver as questões burocráticas. Como a maioria dos casais, a primeira ideia era uma criança de pouca idade, mas conforme foram conhecendo os processos e souberam o tempo médio de espera para adotar um bebê ou uma criança de até três anos, tomaram a decisão de adotar uma criança mais velha, a chamada adoção tardia, que diminuiu de cinco para um ano de espera.

Passados alguns meses, foram chamados para conhecer Claisson. Cleberson e a então esposa conheceram o menino, na época com nove anos de idade. Depois disso, buscaram Claisson para passear, depois para passar um final de semana juntos. Mas a apreensão natural de quem está prestes a se tornar pai e mãe tomou conta do casal. “Estávamos meio confusos, assutados, mas ainda assim a minha ex-esposa tinha certeza total pela adoção. Conversamos entre nós e com ele, porque toda criança que está esperando para ser adotada tem uma bagagem muito grande, uma história de vida que nos surpreende”, conta.

Cleberson lembra que não sabiam se estavam realmente preparados para se tornarem pais, mas Claisson os surpreendeu com o tamanho da certeza de que ele tinha sobre se tornar uma família junto com eles, “e isso pesou bastante”, afirma. Foi então que se decidiram pela adoção do menino. “Preparamos um quarto para ele, roupas e as poucos fomos nos adaptando, os três, com a nova situação. Logo nos primeiros dias, logo de cara, ele já nos chamou de pai e de mãe. O tempo foi passando e a confusão que sentíamos no início passou”, comente Cleberson.

Gostou? Compartilhe