Para chamar a atenção ao projeto de lei das terceirizações do trabalho e para audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado hoje (25), que vai tratar deste assunto em Porto Alegre, centrais sindicais farão protesto a partir das 11 horas. Trabalhadores e sindicalistas irão se concentrar a partir deste horário em frente ao prédio da Federasul, no Largo Visconde de Cairu, onde farão ato e em seguida se deslocarão até o Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, passando pela Esquina Democrática. No parlamento, às 14 horas, haverá a audiência da Comissão, presidida pelo senador Paulo Paim (PT), para a qual estão convidados deputados e senadores gaúchos, juízes do trabalho e outros representantes.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS), Claudir Nespolo, representantes de entidades sindicais vão se pronunciar na audiência e entregar um manifesto contra as terceirizações, que, segundo o dirigente, precarizam o trabalho. “A rotatividade é maior, o salário 25% menor, em média, e o volume de acidentes de trabalho e doenças se concentram aí”, aponta Nespolo. Segundo, de cada 10 óbitos em acidentes de trabalho, oito são de terceirizados.O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB/RS), Guiomar Vidor, estima haver 12 milhões de pessoas que trabalham para terceirizados no Brasil, e em torno de 1 milhão no Rio Grande do Sul. “Somos a favor da regulamentação, mas não de levar mais trabalhadores à terceirização”, ressalta.
Amanhã (26), a CTB promoverá um ciclo de palestras intitulado “O mundo do trabalho em debate”, com participação, segundo a entidade, da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaide Arantes; da vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/RS), Ana Luiza Kruse; e da presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), Silvia Burmeister. O encontro começará às 8 horas, no City Hotel, e os temas são os limites e possibilidades da terceirização.