O maior número de mortes foi registrado no principal hospital de Karachi, Post Graduate Medical College Hospital, onde foram tratados mais de 3 mil doentes, disse o médico Semi Jamila. As autoridades paquistanesas informaram que a onda de calor também deixou sete mortos na província de Punjab nas últimas 24 horas. Estas mortes ocorrem quando o país, majoritariamente muçulmano, com cerca de 200 milhões de habitantes, observa o mês sagrado do Ramadã, durante o qual é proibido comer e beber entre o nascer do sol e o pôr do sol. Alguns religiosos lançaram avisos públicos, informando que as pessoas fisicamente mais frágeis podem abster-se de fazer jejum, em razão das condições difíceis.
Os cortes no abastecimento de eletricidade em Karachi dificultam ainda mais a situação, porque dificultam o fornecimento de água à cidade. As temperaturas registradas hoje (23) em Karachi estavam em torno de 44,5 graus Celsius, segundo os serviços meteorológicos paquistaneses, que informaram sobre a possível ocorrência de tempestades durante o período da noite. O primeiro-ministro Nawaz Sharif deu instruções especiais à Autoridade Nacional de Gestão de Desastres e a outras organizações para fornecerem assistência urgente às vítimas da onda de calor. A dificuldade climática no Paquistão ocorre um mês depois de a vizinha Índia ter sido afetada por uma onda de calor, que deixou mais de 2 mil mortos.
Da Agência Lusa