Aves e primatas que por vários motivos não poderiam ser reintroduzidos na natureza encontram no Primaves, em Passo Fundo, um espaço de acolhimento para poderem viver em segurança. No próximo dia 08 de agosto é lembrado o dia em que o primeiro animal chegou ao centro de conservação ambiental no ano de 2004. Para marcar a data, o Convidas, entidade que mantém o Primaves, organizou um almoço que reunirá colaboradores e pessoas interessadas em contribuir com a iniciativa. Os ingressos para o almoço já estão à venda e a programação inclui ainda visitação ao espaço.
O diretor executivo da Convidas Nestore Codenotti explica que a programação é aberta tanto aos colaboradores da ONG quanto às pessoas interessadas em conhecer o trabalho realizado pela entidade. O principal objetivo é o de divulgar as ações ambientais realizadas. A renda conseguida com o almoço será revertida para os cuidados com os animais abrigados. Hoje, cerca de 85% a 90% das despesas da Convidas são com a manutenção da Primaves. “Utilizamos os recursos em alimentação, cuidado, higiene, pagamento do pessoal contratado”, resume Codenotti.
Acolhimento
O Primaves tem capacidade de acolhimento de cerca de 200 animais entre primatas e aves. Hoje a maior parte do espaço é ocupada por primatas. Entre as aves acolhidas estão papagaios e araras. Além de duas pessoas que moram no local para atender as necessidades dos animais abrigados, uma pessoa é responsável pela manutenção, e bolsistas disponibilizados pela Universidade de Passo Fundo (UPF) auxiliam nas atividades diárias. No total são quase 50 recintos, além das instalações de apoio, que completam a estrutura do local.
Serviços
As aves que chegam ao Primaves, geralmente são encaminhadas por autoridades ambientais, principalmente pelo Ibama. Codenotti explica que são animais que não tem mais condições de serem reintroduzido na natureza em função de terem nascido em cativeiro ou por ferimentos que não são possíveis de serem recuperados. “Soltá-los seria condená-los”, reforça.
