Com um valor total de R$ 1.530.600,41, a obra iniciada em 2014 para a construção da Escola Municipal de Ensino Infantil Parque do Sol, está parada desde o início do ano. A empresa responsável, MCV Plásticos - de Curitiba, foi contratada pelo governo federal para construir esta e outras 349 escolas em nove estados brasileiros. Porém, após alguns meses de trabalho, parou as atividades alegando dificuldades financeiras. Em todo o país, são centenas de escolas com o mesmo problema, envolvendo a mesma empresa. No Rio Grande do Sul, além de Passo Fundo, outros municípios como São Sepé, Pelotas, Caxias do Sul, Guaíba e Erechim também foram prejudicados. De acordo com a secretária adjunta de Planejamento de Passo Fundo, Karine Knob, a prefeitura já realizou algumas ações para reverter a situação. “Fizemos diversas reuniões com a empresa e com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) solicitando a retomada das obras. A MCV, porém, está pedindo aumento do valor do contrato”. Para o município de Erechim, a construtora também alegou falta de recursos. Após o abandono de duas obras de EMEIS, a prefeitura realizou uma reunião com a empresa, que informou um descompasso de caixa e pediu ajuda para terminar concluir a escola. A proposta está sendo avaliada e, caso seja aceita, as obras retornarão em setembro.
A creche está sendo construída na Rua Israel Bonna, no Bairro Parque do Sol. Quando concluída, terá oito salas de aula que serão instaladas no espaço de 43 metros quadrados, sala multiuso, pátio coberto e sem cobertura, refeitório, playground e ambientes da área administrativa, como recepção, almoxarifado, sala dos professores e secretaria. A estrutura possibilitará o atendimento de aproximadamente 230 crianças dos bairros Ipiranga, Professor Schisler, Xangri-lá, Parque Recreio, Loteamento Morada do Sol e Loteamento Boqueirão. Enquanto a escola não é inaugurada a EMEI Ari Schaeffer está absorvendo grande parte dessa demanda. “Mesmo assim, a prefeitura segue trabalhando para a retomada e conclusão das obras”, lembra Karine.
Furto de materiais
Como as obras estão paradas e não há nenhum vigia no local, muitos materiais estão sendo levados embora. Além disso, atos de vandalismo já foram registrados. De acordo com Karine, “a empresa licitada pelo governo federal é responsável pela contratação do vigia e pela segurança da obra. Inclusive já foi notificada e informada dos problemas de vandalismo que estão ocorrendo. Não cabe à prefeitura a guarda de bens que ainda não foram entregues ao Município”, disse. O Nacional tentou contato com a empresa, mas não obteve nenhuma resposta.