Exame confirma que bactéria é a pneumococo

Coordenadoria afirma que vacinas contra meningite estão disponíveis normalmente

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O resultado do exame realizado pelo Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul confirmou que a bactéria causadora da meningite que levou uma criança de oito anos à morte foi a pneumococo. A divulgação foi feita ontem pelo Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). Com a confirmação é baixa a possibilidade de ocorrência de novos casos da doença no município, isso porque este tipo de bactéria tem baixo poder de contágio.

De acordo com o secretário municipal da Saúde, Luiz Artur Rosa Filho, a confirmação de que a bactéria causadora da doença foi a pneumococo não exige que outras medidas sejam adotadas no município. Mesmo assim, todas as unidades de saúde, especialmente as da grande São Cristóvão, estão preparadas para o acolhimento de qualquer demanda. “Vínhamos trabalhando na perspectiva de pneumococo, mesmo assim fizemos coleta de dados para, caso houvesse uma eventual mudança, tivéssemos a lista de pessoas que precisaríamos procurar”, explica tranquilizando a população sobre a situação. O secretário ressalta, ainda, que nos últimos sete anos, o Rio Grande do Sul registrou apenas quatro casos de meningite pneumocócica e que, em três anos, essa foi a primeira notificação.

Dados
Segundo dados do Governo do Estado, o Rio Grande do Sul registrou, desde 2007, cerca de 738 casos de meningite. Por ano, são identificados 85 casos de meningite meningocócica e 100 outros casos de meningites consideradas menos perigosas.  Desses, foram contabilizados 26 óbitos. Somente neste ano, haviam sido registrados, até 10 de julho, 48 casos da doença em todo o estado. Em Passo Fundo, não houve nenhum relato até esta data. Com a primeira notificação, a cidade se prepara apara atender a demanda da população.

Vacinação
Atualmente, o calendário vacinal contempla as vacinas pneumocócica e a meningocócica. Esses dois tipos de vacina têm distribuição gratuita dentro da rede pública de saúde. Conforme informações da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (6ªCRS) a disponibilidade da vacina é considerada normal. A vacina pneumocócica entrou no calendário nacional há cinco anos e a meningocócica há três anos. O coordenador da 6ª CRS Douglas Kurtz explica que as vacinas oferecidas pelo Estado estão com estoques normais e à disposição dos usuários na rede, dentro do calendário de vacinação.

Sintomas
De acordo com informações repassadas pelo médico infectologista e coordenador do Controle de Infecção Hospitalar e Núcleo de Vigilância Epidemiológica do HSVP Gilberto Barbosa três sintomas principais servem de alerta para a possibilidade de uma meningite: dor de cabeça, vômito e febre. Outros sintomas que podem acompanhar estes três são: mal estar e dor no corpo, que são comuns também em outras doenças infecciosas. “Outro sintoma que pode chamar atenção é dor de cabeça na região da nuca e dificuldade de movimento da cabeça, mas esses geralmente são sintomas mais avançados. Na sequência, as crianças podem ter alterações de comportamento, podem ficar desorientadas, com sonolência e podem ocorrer convulsões”, acrescentou em entrevista.

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