Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram na última terça-feira (28), em Assembleia, manter a greve por tempo indeterminado. O movimento grevista iniciou no dia 07 de julho e nesta quinta-feira (30) completa 23 dias. A adesão no Rio Grande do Sul é de 80%, bem como em boa parte dos 26 estados onde a categoria aderiu à greve. Em Passo Fundo, a agência, localizada na Rua General Osório, no Centro, também não está prestando serviço. Em dias normais de atendimento, são realizadas de 140 a 150 perícias por dia. Além das perícias, a agência também faz encaminhamento de aposentadoria, pensão, salário maternidade, auxílio reclusão, cálculo da guia da previdência social, entre outros serviços. No município, passam pelo local cerca de 400 pessoas por dia e trabalham 36 funcionários e 13 peritos médicos.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência do RS (Sindisprev) nas últimas reuniões com o governo, em Brasília, as reivindicações da categoria não foram atendidas. O diretor de imprensa do Sindisprev, Thiago Manfroi, ressalta que entre as reivindicações estão a melhora nas condições de trabalho e a reposição salarial. “A pauta é nacional. Entre as reivindicações está a reposição de 27%, melhora nas condições de trabalho dentro do INSS e nas condições de atendimento à população. Se não temos condições de trabalhar, não conseguimos atender a população com dignidade. Esse é o eixo principal e são reivindicações antigas”, declarou Manfroi.
Reivindicações:
- 27% de reposição de perdas;
- incorporação de gratificações e pautas específicas do Plano de Carreira;
- concurso público para suprir o déficit de milhares de vagas em todo o país;
- melhores condições de trabalho e atendimento à população.
Reagendamentos
O INSS informou através de comunicado na terça-feira (28) que tem empreendido todos os esforços no sentido de orientar as unidades e a Central de Teleatendimento 135 no que se refere às providências de reagendamento para os segurados que não estão sendo atendidos devido ao movimento de paralisação dos servidores.
Esse reagendamento, de modo geral, pode ser realizado pelo telefone. Em alguns casos específicos, entretanto, a remarcação vai depender da ação da Agência da Previdência Social. Esses segurados, cuja remarcação não puder ser realizada pela Central 135, deverão retornar às unidades após o fim da greve, para reagendar o atendimento. O INSS considerará a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento, para se evitar qualquer prejuízo financeiro nos benefícios dos segurados.
A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar quais as Agências onde não há atendimento em virtude da paralisação e para orientar os cidadãos. A informação sobre a situação de atendimento das unidades é atualizada diariamente junto aos seus operadores. O Ministério da Previdência Social e o INSS informaram que têm baseado sua relação com os servidores no respeito, no diálogo e na compreensão da importância do papel da categoria no reconhecimento dos direitos da clientela previdenciária e, por isso, mantém as portas abertas às suas entidades representativas para a construção de uma solução que contemple os interesses de todos.