O Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas protocolou, nesta segunda-feira, 10, junto ao Ministério Público um documento manifestando a contrariedade do Grupo diante do projeto de lei, proposto pelo Governo Sartori como medida para amenizar a crise econômica e política do Rio Grande do Sul e que prevê a extinção da Fundação Zoobotânica, responsável pelo Jardim Botânico e zoológico de Sapucaia do Sul. No documento, o Gesp ressalta a importância do órgão que, hoje, desenvolve pesquisas que auxiliam a conservação da biodiversidade estadual e colabora de forma efetiva na gestão ambiental do Estado. Ainda, o Gesp busca, com o documento, motivar e estimular a ação do Ministério Público para reverter a situação e buscar a não aprovação do projeto.
A Fundação Zoobotânica, que iniciou suas atividades de forma oficial em dezembro de 1972, é responsável pelas pesquisas de flora e fauna do Rio Grande do Sul, pelos diagnósticos e mapeamento de ecossistemas e, ainda, por ações de educação ambiental, monitoramento e recuperação do patrimônio natural e análise de sementes. Segundo o Gesp, a proposta do Governo do Estado é “irresponsável e ao mesmo tempo, de desconhecimento científico e ambiental da importância da Fundação, apresentando claramente a ignorância do programa político do atual Governo Estadual”. Ainda, o documento salienta a importância da estrutura física e do acervo da Fundação, que detém material capaz de explicitar a flora e a fauna do Rio Grande do Sul.
No Estado, diferentes manifestações estão sendo feitas para que o projeto de lei não seja aprovado. A Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável garante que nada será modificado, que o Jardim Botânico continuará existindo, que nenhuma demissão está programada de forma imediata e, ainda, que as pesquisas não serão interrompidas.