Representantes da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (FINEP) e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) estiveram em Passo Fundo, esta quarta-feira (19), para apresentar linhas de financiamento para projetos em inovação. A manhã de palestras, promovida pelo Martinelli Advogados, aconteceu no Hotel Vila Vergueiro e contou com a participação de dezenas de empresários da região. A partir de uma avaliação da atual situação econômica do país, os painelistas destacaram a importância do planejamento em longo prazo para o fortalecimento dos negócios. Miguel Oliveira, gerente adjunto da região de Passo Fundo do BRDE, defendeu a inovação dos processos e dos produtos como uma garantia de competitividade no mercado. “Diante deste cenário de retração, as empresas devem agir de maneira estratégica para reduzir custos de produção e preparar-se para uma futura retomada da economia”, disse.
Uma ideia que permeou as apresentações é a de que momentos de crise oferecem grandes oportunidades. Para o gerente do Departamento de Agronegócios e Alimentos da FINEP, Luis Felipe Maciel, a atual condução das atividades determinará o desempenho das empresas em um contexto econômico mais favorável. “Ao apresentar nossos programas de apoio e as facilidades para obter um financiamento, mostramos também a necessidade de adaptação decorrente do surgimento de novos mercados, que vieram com a crise. Uma retomada do crescimento beneficiará aqueles que apresentarem diferenciais”, sintetizou.
Ramiro Iribarrem, sócio do Martinelli Advogados, avaliou que o encontro foi uma oportunidade “para que os empresários conhecessem, no detalhe, os projetos existentes e como devem conduzir a parte burocrática”. Iribarrem também destacou a vocação produtiva da região no setor metal-mecânico e de máquinas agrícolas. “São áreas que possuem um espaço amplo para implementar projetos de inovação. E elas precisam estar constantemente se desenvolvendo”, acrescentou.
O sócio do Martinelli ressaltou ainda o momento de altas taxas de juros. “O ideal é que as empresas busquem nessas instituições de fomento alternativas para viabilizar seus investimentos, pois as taxas são subsidiadas. No atual cenário, devem ser reservados os limites de crédito das instituições privadas para operações de giro”, concluiu.