Melhor cidade de porte médio na área de saúde

O município foi premiado pela Revista Isto??, que analisou indicadores de mais de cinco mil cidades

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Passo Fundo foi reconhecida pelas suas ofertas de cuidados de saúde, em cerimônia realizada na noite desta quinta-feira (17), em São Paulo. O município foi premiado como a melhor cidade brasileira de porte médio na área de saúde. Elaborado pela IstoÉ – uma das principais revistas do país, com mais de 40 anos de atuação – o Ranking "As Melhores Cidades do Brasil" avaliou 5.565 municípios brasileiros. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho, Passo Fundo é o local do Estado que menos encaminha pacientes para tratamento fora de domicílio pelo SUS, a famosa "ambulancioterapia", pois apresenta densidade tecnológica suficiente para tratar qualquer doença.

“No setor público, é a cidade do Estado que mais investe em novas unidades, cerca de 10% do orçamento da saúde da prefeitura são alocados em investimentos e obras. Este valor foi multiplicado por 8 nos últimos anos através da manutenção das despesas com RH e custeio estáveis”, avalia o secretário. Ele lembra também da importância do setor da educação na área, que possui um número cada vez maior de cursos. “Nos últimos três anos, várias instituições abriram cursos na área da saúde, investiram em novos equipamentos, expandiram-se ou preparam expansões”.

Conforme Luiz Artur ainda que a crise estadual e federal tenham exigido manobras financeiras com recursos próprios cada vez mais frequentes para que se possa manter o ritmo de investimento, os serviços foram mantidos intactos. O prefeito Luciano Azevedo recebeu o troféu em nome da cidade e enfatizou a importância do reconhecimento. “A premiação envolve todos os passo-fundenses que escolheram dedicar a vida a cuidar do outro, aos trabalhadores das unidades de saúde, dos hospitais e das clínicas. É uma conquista coletiva. Passo Fundo é referência no país e nosso dever é seguir trabalhando para melhorar os indicadores e oferecer melhores serviços a quem mora na cidade”, afirmou.

Pontos de melhoria
Apesar do bom resultado, ainda há pontos que precisam ser melhorados para garantir o atendimento eficiente. Entre eles está a oferta de medicamentos. “O prefeito Luciano, desde 2013, foi claro em nos cobrar a equalização das faltas de medicamentos e médicos na rede pública de saúde. Em 2012 foram dispensados 21 milhões de comprimidos, no ano de 2014 passamos para 34 milhões sem que se aumentasse significativamente o número de medicamentos, ou seja, estamos conseguindo não deixar faltar medicamentos”, explica Luiz Artur.

De acordo com ele, a falta de médicos nas unidades é cada vez mais rara e vem acontecendo mais pela demora na contratação da reposição do que propriamente por não ter o profissional. “O que não está resolvido é a insuficiente oferta de atenção especializada e de exames pelo Estado, o que só se resolve com municipalização de serviços, que é estratégico para nossa cidade, está em andamento e deverá começar ainda este ano”. Outros problemas citados pelo secretário é a superlotação das emergências e o processo de informatização das unidades, que deverá se encerrar até o final do ano que vem. Além disso, ele aponta que a saúde precisa ainda se apropriar da questão da violência, já que os indicadores evidenciam cada vez mais mortes por este fator em Passo Fundo.

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