UPF promove o 1º Fórum Gaúcho do Mormo

Aumentaram os casos confirmados da doença no Estado: Oito cavalos foram sacrificados depois da contraprova.

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Com a disseminação do mormo, a preocupação acerca da prevenção e do diagnóstico precoce da zoonose se intensificou. Já são oito o número de cavalos sacrificados depois da contraprova, em quatro focos identificados no Estado. A fim de definir estratégias de prevenção e discutir cientificamente a doença, a Universidade de Passo Fundo (UPF) promove, no dia 08 de outubro, o 1º Fórum Gaúcho do Mormo. O evento será realizado no Centro de Eventos, no Campus I da UPF, e reúne especialistas da área, lideranças do setor produtivo, entidades de pesquisa e fiscalização, além de representantes do poder público e acadêmicos. A programação o inicia às 9h30min, com solenidade de abertura e explanação de autoridades presentes sobre o tema. Na parte da tarde, a partir das 14h, serão apresentadas palestras técnicas sobre o mormo e, à noite, após um amplo debate, haverá assinatura de convênios e termos de compromisso. Durante o dia, as atividades serão realizadas no Centro de Eventos da UPF, e, à noite, o encerramento se dará no salão de eventos do 3º Regimento de Polícia Montada (3ºRPMon).

Inscrições e informações
As inscrições para o 1º Fórum Gaúcho do Mormo podem ser realizadas de forma prévia no Diretório Acadêmico da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (DAFAV) ou no próprio local de realização, no dia do evento. O valor de inscrição é de R$ 10,00. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3316-8485.

O mormo
Conforme o médico veterinário e professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) João Ignácio do Canto, um dos idealizadores do evento, o mormo é uma doença infectocontagiosa que não tem cura e atinge especialmente os equídeos. “O mormo é uma doença nova que está gerando muita discussão e dúvidas entre produtores e técnicos sobre o diagnóstico e sobre como fazer para controlar”, afirma, lembrando que a doença pode ser transmitida tanto para humanos quanto para outras espécies animais. “Bovinos e suínos são mais resistentes, mas os demais, como cães, pequenos ruminantes e felinos, podem contrair a doença”, destaca. A detecção se dá por meio de teste sanguíneo, com prova de confirmação feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Segundo ele, os animais com testes positivos precisam ser sacrificados.

A UPF tem o Laboratório de Diagnóstico de Anemia Infecciosa Equina, que é credenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e acreditado pelo Inmetro para o exame de anemia e poderá ter o serviço ampliado para detecção de mormo. Atualmente, as amostras de sangue são coletadas no local e os testes de mormo são encaminhados para outro laboratório em São Paulo.

Situação atual da doença no RS
Além do foco inicial de Rolante (com 01 equino positivo), foram identificados, recentemente, mais 04 focos de mormo no Estado do Rio Grande do Sul, envolvendo 08 equinos com diagnóstico positivo no teste de maleína, reconhecido como diagnóstico conclusivo e definitivo para esta enfermidade, conforme relação abaixo:
 
- Uruguaiana: 01 foco com 01 equino positivo. Animal está isolado e o sacrifício está sendo agendado. Propriedade está interditada e em saneamento.
 
- Alegrete: 01 foco com 01 equino positivo. Animal está isolado e o sacrifício está sendo agendado. Propriedade está interditada e em saneamento.
 
- Santo Antônio das Missões: 01 foco com 05 equinos positivos. Todos foram sacrificados no dia 24. Propriedade está interditada e em saneamento.
 
- São Jorge: 01 foco com 01 equino positivo. Animal está isolado e sacrifício realizado dia 25/09/15. Propriedade está interditada e em saneamento.


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