A investigação da Volkswagen sobre a manipulação das emissões poluentes dos motores a diesel terá a implicação de, pelo menos, 30 pessoas do grupo, informa hoje (14) a revista alemã Der Spiegel, citada pela agência France Press.
Os resultados preliminares do inquérito conduzido pela Volkswagen e pelos advogados da empresa nos Estados Unidos sugerem que "a fraude nas emissões não foi ato de um pequeno grupo de gestores", mas de dezenas de pessoas da empresa, que deverão ser "suspensas".
O grupo Volkswagen admitiu no mês passado ter instalado motores a diesel fraudulentos em cerca de 11 milhões de veículos de diversas marcas, com um software capaz de falsear os resultados dos dados.
O grupo, com sede em Wolfsburgo, na Alemanha, prometeu investigar o caso, mas sempre disse que a responsabilidade era limitada a um pequeno grupo de pessoas, sendo que algumas delas já foram demitidas. Entre elas, de acordo com a imprensa alemã, está o diretor de Tecnologia da Audi e da Porsche.
A Volkswagen nunca confirmou a identidade dos suspeitos e não comentou a notícia da revista Der Spiegel.
Ainda hoje, a Skoda, subsidiária do grupo, anunciou a saída do presidente Winfried Vahland, a pedido, tendo sido nomeado para assumir a direção da empresa na América do Norte, onde o escândalo estourou.
O comunicado da Skoda lembra que a decisão de Vahland "não está relacionada com o problema atual dos motores a diesel".
Abalado pelo escândalo, o grupo Volkswagen está substituindo os principais gestores, principalmente o presidente executivo. Martin Wonterkorn pediu demissão no fim de setembro e foi substituído pelo ex-presidente da Porsche Matthias Müller.
Agência Brasil