Os tipos de meningite

Saiba mais sobre a doença, sintomas e formas de prevenção

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Tipos mais agressivos de meningite costumam ser os causados pelo meningococoTipos mais agressivos de meningite costumam ser os causados pelo meningococo
Tipos mais agressivos de meningite costumam ser os causados pelo meningococo
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Do ponto de vista da manifestação, a meningite é uma doença com um grande número de tipos, sendo que todas elas, mais graves ou menos graves, tratam-se de uma inflamação da meninge, conforme explica o médico infectologista Gilberto Barbosa, que atua no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). O que as diferencia é o tipo de agente causador: podem ser de origem inflamatória, alérgica ou infecciosa. Na maior parte das vezes, quando as pessoas se referem a casos de meningite, estão relatando sobre as infecciosas, que se subdividem em bacterianas, virais e fúngicas. A maioria dos casos atendidos são de meningites virais, que costumam não ser graves e respondem por cerca de 75% dos casos, não tendo representação importante no que diz respeito a lesões ou sequelas, na grande parte das vezes.

As bacterianas são as mais graves e também se subdividem em: tuberculose, pelo meningococo, pelo hemófilos ou pelo pneumococo. E são as meningocócicas as que costumam apresentar os quadros mais agressivos. Estas, por sua vez, também se subdividem, sendo que as principais podem ser classificadas em A, C, W, Y e B. Os sintomas mais aparentes são as dores de cabeça, as náuseas e a rigidez de nuca. As formas mais graves podem ainda apresentar lesões arroxeadas na pele que, segundo Barbosa, são sinais de extravasamento de sangue para a pele, e que ocorrem mais frequentemente nas extremidades do corpo. “Quando a meningite se apresenta da forma mais intensa e mais grave, com essas lesões de pele, o mais comum é que ela seja causada pelo meningococo”, salienta o médico. Uma das formas de identificar o agente causador é com o exame de punção do líquor retirado da medula: “em alguns casos já na primeira análise desse líquido é possível dizer se é bacteriana e também se é por meningococo, o que indica o tratamento mais adequado”, explica.

Cerca de 80% dos casos de meningite meningocócica é a do tipo C e para a qual a vacina é disponibilizada na rede pública de saúde e a indicação é de que seja aplicada a partir dos dois meses de idade, conforme avalia Barbosa. O restante dos casos são de maioria B e W, sendo que a B costuma ter um comportamento mais agressivo: “a B costuma dar uma doença mais grave, causando essas lesões na pele e podendo ter lesões cerebrais”, comenta o médico. Na rede particular, é possível encontrar a vacina A-C-W-Y, que já existe há algum tempo. Para o tipo B, a vacina somente começou a ser comercializada no primeiro semestre deste ano.

Como se adquire a doença
Segundo Barbosa saber porque uma pessoa desenvolve a doença e outra não depende de uma série de variáveis, que vão desde a condição imunológica de cada indivíduo até a alimentação. “Não existe exatamente uma explicação para isso. As bactérias circulam entre várias pessoas e algumas podem ter manifestações clínicas e outras não. Podem influenciar algumas questões genéticas, imunológicas, a variação do tipo de bactéria e as modificações que sofreu no ambiente”, ressalta.

Como se prevenir
O médico infectologista alerta que existem formas de prevenir que a doença apareça. A principal delas é manter a higiene. “As formas de prevenção são mantendo boas condições de alimentação e hidratação, manter condições o mais próximo do ideal de higiene, especialmente com relação às mãos. Seria importante instituir de forma sistemática o ensino da importância da higienização das mãos para as crianças. Também se deve manter os ambientes ventilados, porque é uma doença que passa através basicamente das mãos e da saliva é favorecida por ambientes fechados”, sugere o infectologista.

 

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