Tiroteios matam pelo menos 40 pessoas em Paris

Ao menos 50 disparos foram ouvidos na célebre casa de espetáculos Bataclan, perto da redação do Charlie Hebdo

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Paris está novamente sob ataque. Cerca de dez meses depois do atentado à redação do jornal satírico Charlie Hebdo, pelo menos três tiroteios foram registrados em vários locais da capital francesa. Até o momento, o balanço da polícia contabiliza até agora pelo menos 40 mortes.

Além disso, uma explosão atingiu um bar perto do Stade de France, onde ocorria um amistoso entre a seleção da França e da Alemanha. As primeiras informações dão conta que o presidente François Hollande estava no estádio e precisou deixar o local. No primeiro tiroteio, um homem abriu fogo com um fuzil kalashnikov em um restaurante no 10º Arrondissement e, de acordo com a emissora BFM-TV, matou "várias pessoas".

Logo em seguida, ao menos 50 disparos foram ouvidos na célebre casa de espetáculos Bataclan, perto da redação do Charlie Hebdo. Ainda há reféns no local. Pouco depois, o palco de tiroteios foi o 11º arrondissement, onde 12 pessoas estão caídas no chão. Após os ataques, Hollande iniciou uma reunião de emergência no Ministério do Interior.

Os tiroteios reacendem o clima de terror instaurado na cidade em janeiro passado, quando dois homens armados invadiram a sede do Charlie Hebdo e mataram 12 pessoas. Dois dias depois, outro jihadista sequestrou um mercado kosher em Paris e deixou quatro mortos. Antes disso, ele já havia matado uma policial durante uma troca de tiros.

Agências de notícias internacionais informam que ainda há cerca de 100 reféns na casa de espetáculos Bataclan.

A prefeitura de Paris pediu que os moradores da cidades não saiam às ruas, aconselhando que fiquem em casa, no trabalho ou na residência de amigos. O presidente da França, François Hollande, determinou hoje (13) o fechamento das fronteiras do país.

 Terroristas dispararam por 10 a 15 minutos com rifles AK-47, diz testemunha

O diário francês Libération reproduziu no seusite na internet o testemunho de Julien Pearce, jornalista da Europe 1, que estava no Bataclan quando começou o tiroteio.

“Vários indivíduos armados entraram no concerto e dois ou três de rosto descoberto começaram a disparar com armas automáticas de tipo Kalachnikov [rifle de assalto semi ou totalmente automático de fabricação russa conhecido como AK-47] ao acaso sobre a multidão”, relatou.

Julien Pearce estima que o ataque tenha durado "entre 10 e 15 minutos”, destacando que “foi extremamente violento e houve pânico”. Ele detalhou ainda que “os terroristas tiveram tempo de recarregar as armas pelo menos por três vezes”, que “não estavam mascarados, estavam senhores de si e eram muito jovens”.

Agência Brasil

 

Gostou? Compartilhe