Estado terá estratégia de controle

Vírus pode estar relacionado com a epidemia de casos de microcefalia em bebês nascidos nos estados do Nordeste do país. Zica é transmito pelo Aedes aegypt, que também transmite a dengue

Por
· 1 min de leitura
 Crédito:  Crédito:
Crédito:
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O secretário estadual de Saúde, João Gabbardo dos Reis, vai conceder uma entrevista coletiva sobre as ações que estão sendo desenvolvidas no Rio Grande do Sul no combate ao mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue e do zika vírus. A manifestação do secretário segue orientação do Ministério da Saúde para que todos os estados se organizem para monitorar possíveis casos de macrocefalia em bebês, uma vez que o MS está investigando uma possível correlação do zika vírus com o aumento dos casos de microcefalia em recém-nascidos de sete estados do Nordeste.

No país, segundo dados do último boletim epidemiológico, divulgado na terça-feira (17), foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos do Nordeste. O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).

A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratorial, bem como no acompanhamento dos casos.

A Fiocruz, que participa das investigações, notificou nesta terça-feira (17) que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia através de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.

Sem relatos pelo mundo
Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia. Tal esclarecimento se dará por estudos coordenados pelo Ministério e outras instituições envolvidas na investigação das causas de microcefalia no país. O Ministério da Saúde está tratando deste assunto com a prioridade e responsabilidade que o tema exige, dando transparência aos dados e às informações, com previsão de divulgação semanal do boletim epidemiológico da doença.

Gostou? Compartilhe