Produtor de cebola e alho tem quebra na safra

Produção de cebola diminuiu pelo menos 50% enquanto que a de alho teve queda de 30%. Chuva de granizo que atingiu a propriedade foi um dos principais problemas

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A produção de alho e cebola não é muito comum na região. Mesmo assim, há quatro anos um agricultor resolveu trazer essas culturas da região da Serra e investir nelas. Vanderlei César Leal já plantou por três anos na região de Santo Antão e, neste ano, pela primeira vez, está com produção em Bela Vista. Apesar de considerar as condições gerais de solo e disponibilidade de água melhores, o clima não contribuiu. Uma chuva de granizo atingiu as áreas cultivadas e as perdas são de aproximadamente 50% para a cebola e de 30% no alho nesta safra.

A expectativa inicial era de colher cerca de 200 mil quilos de cebola na área de 6 hectares destinada à cultura. No entanto, devido aos problemas, se chegar a colher 100 mil quilos o produtor já considera bastante. Além disso, o excesso de umidade exigiu maior uso de defensivos agrícolas para controlar doenças, o que aumentou os custos de produção. No caso do alho, a expectativa inicial era de colher 10 toneladas, no entanto o rendimento foi de apenas 7 toneladas.

A chuva de granizo rasgou as folhas da cebola. Por serem ocas, essa quebra permitiu a entrada de água que atingiu a parte enterrada da planta e favoreceu o apodrecimento dos bulbos. Mesmo entre aquelas que não tiveram danos no campo, muitas estão apodrecendo no galpão devido ao excesso de umidade. No alho, a umidade excessiva não permitiu que os bulbos atingissem o tamanho esperado. “O alho não teve a qualidade que eu esperava devido ao alto investimento”, reitera.

Precaução
Por ser esse o primeiro ano a produzir naquela região do município, o produtor teve a cautela de não plantar uma área muito grande, para poder avaliar o desempenho e não ter perdas exageradas em casos de frustração de safra. Tanto o alho, quanto a cebola têm custos de produção elevados. O que ele já pode observar é que as condições climáticas gerais são favoráveis para o plantio de ambas as culturas, apesar de este ano apresentar condições atípicas pela influência do El Niño. “As doenças parecem atacar com menor intensidade aqui. Como não há tanta neblina, isso ajuda a diminuir os problemas o que representa também menos gastos com fungicidas”, pontua sobre o que pôde observar nas safras anteriores em comparação à região serrana, onde produzia anteriormente.

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