Casa Branca e Câmara dos EUA criticam proposta de Trump para banir muçulmanos

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O secretário de Imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou nesta terça-feira (8) que a proposta do pré-candidato republicano à Presidência Donald Trump de proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos o desqualifica para presidir o país. O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, também condenou as declarações e defendeu que as palavras de Trump violam a constituição norte-americana e também os princípios do Partido Republicano.

 Josh Earnest lembrou que a primeira coisa que um presidente faz quando toma posse é jurar que vai preservar, proteger e defender a Constituição. E completou afirmando que “as palavras de Donald Trump o desqualificam para atuar como presidente”.

Também o presidente da Câmara dos Deputados,  que é republicano, fez duras críticas à proposta de Trump. Ryan disse que a liberdade de religião é um princípio constitucional nos Estados Unidos. Para ele, “o que é proposto não é o que o partido [republicano] defende e, ainda mais importante, não é o que o país representa”.

Em um comício na Carolina do Sul ontem (7), o candidato favorito nas pesquisas à indicação republicana propôs uma proibição total da entrada de muçulmanos em território norte-americano. O milionário e apresentador de televisão afirmou que, se medidas sérias não forem tomadas, os Estados Unidos vão sofrer novos ataques terroristas como os de 11 de setembro. A comunidade muçulmana no país condenou a proposta.

A proposta de Donald Trump foi apresentada uma semana depois de um ataque em San Bernardino, na Califórnia, quando um homem e uma mulher – que a polícia afirma que seriam radicais islâmicos – mataram 14 pessoas a tiros.

Polêmico, o pré-candidato já fez propostas de expulsar os imigrantes ilegais e construir um muro para separar os Estados Unidos do México.

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