Desemprego é apontado como principal gerador de inadimplência

Dado é da Pesquisa Perfil do Inadimplente, realizada pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito, o SCPC

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Nos três últimos meses de 2015, o desemprego disparou como principal motivo que levou consumidores brasileiros à inadimplência. É o que aponta a Pesquisa Perfil do Inadimplente realizada pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito, SCPC, no último trimestre do ano passado. Pelo levantamento, 41% dos consumidores entrevistados declararam que o desemprego causou a inadimplência, o que representa um salto de cinco pontos percentuais em comparação ao último trimestre de 2014. 

Depois do desemprego, o segundo motivo causador da inadimplência foi o descontrole financeiro, apontado por 23% dos entrevistados no levantamento. Para o diretor do SCPC de Passo Fundo, Valter Ceolin, o cenário é preocupante, entretanto, em Passo Fundo "é possível observar que os consumidores estão mais criteriosos em adquirir dívidas, fato que já reflete em uma redução acentuada dos índices de inadimplência locais e gera otimismo entre os empresários que investe no financiamento direto de seus clientes", comenta. 

Gastos
A alimentação gerou a inadimplência para 18% dos entrevistados, seguido por aquisição de vestuário e calçados (18%) e pagamento de contas diversas (17%). A aquisição de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que foi apontada como principal causa nos últimos trimestres, desta vez foi citado por 16% dos entrevistados.

A forma de pagamento mais utilizada na compra que gerou a inadimplência foi o carnê/boleto, com 34% das citações, seguida por cartão de crédito (28%), cheque (14%), empréstimo pessoal (12%), cartão da loja (7%) e cheque especial (5%).

Quanto ao valor das dívidas, 31% dos consumidores disseram que a soma das dívidas em atraso é de até R$ 500, enquanto 51% têm entre R$ 500,01 e R$ 5.000 e 18% devem acima de R$ 5.000. A maioria dos entrevistados (81%) declarou possuir condições de pagar as dívidas vencidas e que geraram a restrição, 11% têm condição de pagar parte da dívida e 8% não têm condições de pagar. Dos que vão pagar totalmente, 57% irão regularizar a dívida de forma parcelada, dos quais 67% irão regularizar nos próximos 30 dias.

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