Procura por repelentes aumenta em Passo Fundo

Algumas farmácias registram aumento de até 40% em relação ao mesmo período do ano passado

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A procura por repelentes nesta época do ano já costuma aumentar nas farmácias devido aos momentos de lazer, ao ar livre, que são propícios para a presença de mosquitos. No entanto, a população tem mais um motivo para utilizar estes produtos nesta época: minimizar a exposição aos mosquitos transmissores de doenças como a dengue e zika vírus. A utilização dos repelentes é recomendada como medida de prevenção pelo Ministério da Saúde. As farmácias de Passo Fundo já registram aumento da procura pelo produto e até dificuldade de obter repelentes com as distribuidoras. Desde que confirmaram a relação entre o zika vírus e os casos de microcefalia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda às gestantes medidas de prevenção. Uma delas é a aplicação de produtos repelentes na pele.

O Jornal O Nacional entrou em contato com algumas farmácias localizadas em Passo Fundo e muitas informaram que já registraram a falta do produto nas prateleiras, principalmente dos repelentes mais comuns e acessíveis em termos de custo. O farmacêutico José Afonso Correa da Silva, da farmácia do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), por exemplo, informou que o aumento pela procura é significativo. “Comparado com o mesmo período do ano passado, no verão, a procura aumentou entre 30% a 40%. As pessoas estão muito interessadas na prevenção. Já encontramos dificuldade de conseguir o produto até com as distribuidoras”, informa o farmacêutico.

Outra farmácia do município revela que alguns produtos estão esgotados. “O repelente Repelex, que é um dos mais comuns e procurados, está esgotado. Repomos nesta semana, o Exposis, que é bastante procurado pelas grávidas”, relata a farmacêutica do estabelecimento, que prefere não ser identificada.

Sobre os tipos de repelentes
A Anvisa aprova três princípios ativos de repelentes comercializados no Brasil: o IR3535, o DEET e o Icaridin. O que difere entre eles é a indicação de uso e a duração de proteção. Não há, dentro das normas da Anvisa, qualquer impedimento para a utilização destes produtos por mulheres grávidas, desde que estejam devidamente registrados na Agência e que sejam seguidas as instruções de uso descritas no rótulo.

O DEET foi o único dos três produtos que a Anvisa realizou estudos conduzidos em humanos durante o segundo e o terceiro trimestres de gestação, e em animais durante o primeiro trimestre, que indicaram que o uso tópico de repelentes à base de dietiltoluamida (DEET) por gestantes é seguro.

O farmacêutico José Afonso Correa da Silva, da farmácia do HSVP, ressalta que apesar da Anvisa ter feito o teste em gestantes com o DEET, a agência permite a utilização de todos os três tipos de repelentes. “A Anvisa fez os testes em grávidas com o DEET, que é normatizado. No entanto, a Anvisa recomenda a utilização de qualquer um dos três tipos de repelentes em gestantes. As outras substâncias, como o IR3535 e o Icaridin, são substancias que não são normatizadas no Brasil, mas são normatizadas pela Agência dos Estados Unidos (EPA) e, portanto, são produtos aprovados pela Anvisa”, explica o farmacêutico.

A utilização do DEET em crianças tem algumas ressalvas. O produto não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos. Já para crianças entre 2 e 12 anos, a concentração do princípio ativo deve ser de no máximo 10% e a aplicação deve ser feita, no máximo, três vezes por dia. “O DEET tem restrição de utilização para as crianças. Neste caso, os pais devem comprar com fórmula kids. Não pode ser utilizado mais de 10%. O indicado para as crianças são os repelentes a base do IR3535. Ele é mais fraco e deve ser aplic

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