A terceira edição da colônia de férias encerrou na semana que passou com resultados positivos. Com parceria de três Secretarias municipais, as atividades são feitas para aquelas crianças matriculadas na rede escolar e que no recesso de janeiro seus pais trabalham. São mais de 3,5 mil alunos matriculados nas escolas de ensino infantil e destes 160 foram inscritos para os três pólos do projeto, após confirmação que seus pais ou responsáveis não poderiam ficar em casa em função de suas atividades profissionais.
A Semcas, SME e SEDEC estiveram envolvidas para a realização de atividades lúdicas e além das já tradicionais festas do sorvete, as crianças contaram com atividades culturais e muitas brincadeiras. Neste ano os pólos foram na Cohab II, Hípica e Manoel Corralo, respectivamente Mundo da criança, Sonho Encantado e Geni Rebechi. Além das atividades lúdicas as crianças receberam alimentação e participaram da colônia no turno da matricula. O Assistente Social e Coordenador Dirceu Mariano, destacou como positiva a parceria entre as três pastas do município. Para ele a educação, assistência social e cultura tiveram nesta parceria a comprovação de sucesso pelas atividades importantes oferecidas as crianças.
A Promotora da Justiça Ana Cristina Ferrareze Cirne, disse que a colônia de férias é mais uma conquista para a guarda dos direitos das crianças. “Este espaço seguro, com atividades e pessoas preparadas para atendimento das crianças proporciona a garantia dos direitos de todas as crianças que neste período precisam de atendimento”, destacou. Na primeira edição participaram 47 crianças, segunda edição foram 80 e na terceira o número ultrapassou de 100. Carine dos Santos, Coordenadora da proteção básica disse este programa é com certeza uma grande inovação na cidade e os pais ficam tranqüilos para o trabalho e as crianças seguras no espaço.
A colônia de férias foi resultado de um debate entre lideranças, Prefeitura e Ministério Público em 2013, em virtude da decisão do Conselho Nacional de Educação que determinou recesso em janeiro para todas as EMEIS. Esta é uma realidade em todo o Brasil e várias propostas de atendimento se espalharam pelo país no objetivo de atender as crianças que neste período não tem com quem ficar. O recomendado é que os alunos que neste período participam da colônia, tenham garantido seu descanso ao decorrer do ano.
Alessandro Andrade que trabalha com instalação de ar condicionado optou pela colônia, pois neste período tem muito trabalho e sua esposa teve as férias programadas para abril. Ele elogiou a iniciativa dos profissionais, mas ponderou sobre os dez dias sem atividades. Para ele as mudanças favoreceram e melhoram as escolas e por outro lado prejudicam os pais que trabalham o dia todo. “Pagamos R$ 700,00 para cuidar de nosso filho no meio turno sem creche e nem sempre achamos uma pessoa preparada”, fala ele sobre a decisão de apenas meio turno nas escolas de ensino infantil.
Alessandro diz que nestes dias o filho se adaptou muito bem e o casal pode trabalhar tranqüilo com a segurança do filho. “Os pais não devem transferir a responsabilidade de educar e cuidar para a escola, mas da da para estabelecer uma data para fechar e achar que todo mundo vai conseguir se adequar. “ desabafa ele. A colônia de férias contou com funcionários da Semcas e SME e em virtude de horas atividades dos professores foi encerrada na última quinta-feira.
