Na manhã de quarta-feira (3), trabalhadores da aviação civil fizeram uma paralisação de duas horas. O ato, que começou às 6h e foi até às 8h, incluiu os aeronautas, que são os pilotos e comissários de bordo, e os aeroviários, que são os responsáveis pelo check-in e por despachar as bagagens. A paralisação ocorreu nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo; Santos Dumont e Galeão, no Rio de janeiro; Viracopos, em Campinas (SP); além de Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Segundo dados da Infraero, que não incluem os aeroportos de Guarulhos e Brasília, entre meia-noite e 8h, 400 voos domésticos atrasaram e 70 foram cancelados. Catorze voos internacionais saíram com atraso.
Negociação
Os aeronautas e aeroviários decidiram, em assembleia, quarta-feira, manter estado de greve e tentar uma nova negociação com as empresas aéreas. Até o dia 11 de fevereiro, data da próxima reunião da categoria, os aeroportos vão operar normalmente. O Sindicato Nacional dos Aeroviários reivindica reajuste de 11% relativo às perdas inflacionárias. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias informa que, nos últimos dez anos, as companhias reajustaram automaticamente os salários pelo INPC, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, acima da inflação.
Passo Fundo
No Aeroporto Lauro Kortz não houve paralização ou manifestação de aeroviários ou aeronautas. Mas o movimento no centro do país teve efeito em Passo Fundo. O voo da empresa Azul para Viracopos, com decolagem prevista pata às 6h43, sofreu um atraso de quase uma hora. O da tarde partiu de Viracopos com atraso e retornou de Passo Fundo com atraso de 20 minutos. Já o voo de outra empresa, procedente de Guarulhos, teve atraso de aproximadamente uma hora e meia.