"?? preciso investir em educação ambiental"

Diretor de Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul, Fernando Meirelles, abordou o cenário da gestão das águas no Estado e apontou a conscientização como instrumento importante na ação dos Comitês de Bacia

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Palestra fez parte do Seminário 12 anos de preservaçãoPalestra fez parte do Seminário 12 anos de preservação
Palestra fez parte do Seminário 12 anos de preservação
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"É preciso conscientização. É preciso que as pessoas tomem conhecimento do que é um comitê e qual o seu papel na gestão das águas de uma região" enfatizou o Diretor do Departamento de Recursos Hídricos (DRH) da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) do Estado, Fernando Meirelles, durante o seminário "12 anos de preservação", promovido pelo Comitê Rio Passo Fundo em alusão à comemoração da criação da entidade, em 2004. O evento, que aconteceu na Câmara de Vereadores, abordou a situação do Sistema Nacional e Estadual de Recursos Hídricos, o cenário da gestão das águas, a importância dos comitês como órgãos de decisão e, também, apontou a educação ambiental e conscientização da população como instrumento importante na ação dos Comitês de Bacia.

Em uma explicação geral sobre questões legislativas, Fernando Meireles esclareceu que as leis não definem a qualidade da água de determinada região. "A situação do Sistema Nacional e Estadual de Recursos Hídricos é diferente da situação das águas. As águas dependem de ações de cada pessoa. O Sistema depende de ações políticas", explicou e acrescentou, ainda, que é preciso que a população tome conhecimento da ação do Comitê na Bacia Hidrográfica. "40% da formação de um comitê é formado por representantes da população. E estamos em uma crise de representatividade porque essa população não sabe que existe um comitê, não sabe que esse é o espaço de discussão de assuntos relacionados à água", apontou. O diretor acredita que o cenário pode mudar. "Quanto mais divulgarmos a forma como a população pode participar da gestão das águas e a importância dessas ações, mais força vamos ter. Hoje se tem dificuldade de mobilização e de entendimento do que é um comitê. Espero que isso termine porque, em breve, estamos concluindo várias ações do Estado onde a palavra final é do Comitê. No momento que o Comitê tiver esse poder, as pessoas vão se questionar e vão ter o desejo de participar. Aí iremos mostrar o papel exato dos comitês de bacias na gestão das águas", revela.

Além da sensibilização, através da educação ambiental, Meirelles acredita que a ação do Comitê, seja em função dos Planos de Bacia, seja em função de outras decisões tomadas dentro da entidade, é o que define a qualidade das águas. "É preciso ter clareza do impacto que nossas decisões vão gerar. Se não temos um comitê bem estruturado, a gestão das águas não funciona. E, para que a gestão seja, de fato, descentralizada, é preciso que a população tome conta do seu espaço", conclui.

12 anos de atuação e responsabilidade ambiental
Criado pelo Decreto Estadual nº 42.961, de 23/03/2004, o Comitê Rio Passo Fundo atua, há mais de uma década, na luta pela preservação dos recursos hídricos da região. Com olhares atentos à educação ambiental, o Comitê se volta, também, para atuação em escolas e empresas e busca, através de diferentes projetos que envolvem crianças e adultos, a sensibilização da população e engajamento em diferentes causas ambientais que movimentam Passo Fundo e região.

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