O sequestro de um avião egípcio, desviado para o aeroporto cipriota de Larnaca, não tem relação com terrorismo, afirmou hoje (29) o presidente de Chipre, Nicos Anastasiades. As motivações do pirata do ar ainda não são claras, mas ele "não está ligado ao terrorismo", afirmou Anastasiades, em reunião com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
Fontes governamentais cipriotas, citadas pela agência noticiosa France Presse (AFP), afirmaram que o sequestrador do avião da Egyptair pediu para se encontrar com a ex-mulher, que é cipriota. O homem exigiu ver a ex-mulher, que vive numa localidade próxima do aeroporto de Larnaca, onde o avião pousou, depois de ter sido desviado da rota, que fazia entre Alexandria e Cairo, disseram fontes.
Asilo
Acrescentaram que a mulher deve ser levada para o aeroporto. A rádio pública cipriota noticiou que o sequestrador pediu asilo a Chipre.
O homem já libertou a maioria dos passageiros do avião, adiantou a companhia aérea, esclarecendo que o voo transportava 55 passageiros, apesar de um comunicado da Aviação Civil egípcia ter indicado 81.
À saída do aeroporto de Borg al-Arab, na periferia de Alexandria, "o aparelho transportava quatro holandeses, oito norte-americanos, quatro britânicos, dois belgas, um francês, um sírio e um italiano", sendo os restantes passageiros egípcios, anunciou o ministério da Aviação Civil egípcio, em comunicado.
Fontes da aviação civil e da companhia aérea afirmaram que um homem - identificado como Ibrahim Samaha - ameaçou explodir um cinto com explosivos para obrigar o avião a desviar da rota e pousar no aeroporto de Larnaca. O aeroporto de Larnaca está fechado e os voos foram desviados para outras localidades.
Agência Brasil