Predominância masculina na área de TI

Pesquisa realizada por acadêmica de Ciência da Computação da UPF indica o preconceito como uma das causas

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A diferença entre o número de mulheres e de homens na área da Tecnologia da Informação nos últimos anos se constitui como um dado que chama a atenção. Segundo estudos, apenas um quarto desses profissionais são do sexo feminino. A fim de identificar os motivos pelos quais existe essa diferença, a acadêmica do curso de Ciência da Computação da Universidade de Passo Fundo (UPF) Camila Vieira Posser realizou seu trabalho de conclusão de curso com uma pesquisa de campo com mais de 450 mulheres de todo o Brasil e com as alunas da área na UPF.

Em sua pesquisa, Camila identificou que os principais motivos são: o preconceito com mulheres na área, o estereótipo criado de que a computação é uma atividade para homens e a falta de estímulos durante a infância e/ou juventude para a área de TI como um todo. O trabalho contou com a orientação do professor Dr. Adriano Canabarro Teixeira e com a avaliação da professora Dra. Luciana Bolan Frigo, da UFSC, que participou da banca via videoconferência realizada pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão Digital. Luciana é coordenadora do projeto Meninas Digitais - Regional Sul da Sociedade Brasileira de Computação.

Como ações futuras decorrentes desse trabalho, Camila identificou a necessidade de criação de um grupo de estudos na UPF, que deverá propor ações para tratar das questões identificadas como os principais motivos responsáveis pela predominância de homens na área. Nos últimos cinco anos, o Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão Digital tem realizado atividades que visam divulgar a área entre crianças e adolescentes e nas quais conta com a participação crescente de meninas. Dentre elas, destacam-se o projeto Berçário de Hackers, a Olimpíada de programação de computadores para estudantes do ensino fundamental e a Olimpíada de Robótica Educativa Livre para estudantes do ensino médio.

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