Sob clima de indignação pela precarização do serviço público e a desvalorização do servidor, mais de 400 servidores do Detran/RS disseram “sim” para a paralisação, que começa nesta segunda feira, 11/07. A decisão, tomada durante assembleia geral extraordinária. A paralização deve prejudicar a realização, por dia, de cerca de mil exames teóricos e dois mil exames práticos de direção necessários para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em todo o Estado. A greve deve afetar ainda a fiscalização da Balada Segura (em torno de 150 abordagens ao dia) e a emissão das CNHs e dos registros de veículos, além de todas as atividades relativas aos entes credenciados.
Os trabalhadores requerem a reposição das perdas salariais de 26,75% – correspondente ao período de julho de 2012 a maio de 2016 -, a efetivação imediata das promoções e progressões, além da implementação de auxílio-refeição de R$ 19,09, por dia, sem coparticipação e para todos os servidores. Os projetos de reestruturação do Detran/RS, que tratam de melhorias nas condições da prestação dos serviços para a sociedade e da valorização do servidor, também são reivindicações da categoria.
“Nossa greve não é somente por reposição salarial. Também é uma greve social, pois também busca a estruturação adequada dos locais de exame teórico (que atualmente ocorre em container) e prático (realizado em praças públicas) para obtenção da CNH. Queremos que o cidadão não fique mais ao relento, em pé, sem acesso a banheiros e sob riscos de rua, enquanto aguarda para realizar a prova prática”, ressalta Maximilian da Rocha Gomes, presidente do Sindet. “Nossos colegas trabalham constrangidos devido à precarização dos serviços entregues aos cidadãos”, complementa.A expectativa dos dirigentes sindicais é que a mesa de negociações com o governo do estado seja estabelecida brevemente, a fim de não acarretar muitos prejuízos para a sociedade.
Audiência
Na próxima segunda, servidores do Detran/RS participam de audiência no Ministério Público do Trabalho, por conta de denúncia do Sindet sobre as péssimas condições de trabalhado vividas pelos colegas no prédio da autarquia.