Uma força-tarefa foi realizada para fiscalizar a jornada de trabalho de caminhoneiros no Rio Grande do Sul. Ela ocorreu durante a tarde de quinta-feira (21) na BR 285, em frente à Polícia Rodoviária Federal de Passo Fundo.
Além disso, os condutores que foram parados fizeram exames toxicológicos para atestar se eles haviam ingerido alguma substância para se manterem acordados e cumprir a jornada. “Queremos poupar vidas com essa força-tarefa. Poupar a vida do carreteiro, dos seus dependentes, bem como poupar gastos de INSS para pagar benefícios previdenciários quando eles [caminhoneiros] ficam com sequelas após um acidente”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Passo Fundo, Gilberto Godoy Boeira.
A triagem começou por volta das 15h15 e continuou até que 55 caminhoneiros fossem atendidos. Uma equipe de 55 pessoas de todos os sindicatos de rodoviários do Estado se envolveu na atividade. Gilberto Boeira afirma que a força-tarefa é uma pesquisa que não identificou trabalhadores nem empresas, nem tem objetivos punitivos. A partir do material colhido, será feito um estudo, que depois será encaminhado pela categoria ao Congresso Nacional. “Vamos tentar convencê-los que temos que regulamentar a profissão, que sejam respeitadas as oito horas de trabalhos diárias e no máximo duas extras por dia”, afirmou ele. Segundo ele, em um caso, um motorista havia trabalhado começado a trabalhar às 5h de quinta-feira (21) e tinha feito apenas duas de descanso até o fim da tarde do mesmo dia.
Antes do fechamento desta edição, faltavam nove caminhoneiros para fechar a meta de 55 da força tarefa. No entanto, segundo Gilberto Boeira, já era possível apontar alguns resultados. “Em todos os caminhoneiros foi verificado excesso de horas trabalhadas”, disse ele. O resultado dos exames toxicológicos deve ficar pronto em 20 dias.
A força-tarefa teve o apoio da Federação dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Sul, Confederação Nacional dos Trabalhadores dos Transportes Terrestre e Nova Central Sindical de Trabalhadores do Rio Grande do Sul. No Estrado, a iniciativa ocorreu apenas em Passo Fundo. Paraná e São Paulo também têm iniciativas semelhantes.