Um Brasil plural, de muitas crenças e sabores, de muitas paisagens e histórias. Foi em uma parte desse país que oito acadêmicos dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo (FAC/UPF) permaneceram imersos durante 19 dias. O destino foi o Rio Grande do Norte, com a missão de realizar a cobertura jornalística da Operação Forte dos Reis Magos do Projeto Rondon. O projeto enviado pela UPF foi o selecionado no edital aberto a todas as universidades e a proposta de realizar uma cobertura multimídia foi concretizada com sucesso.
As atividades aconteceram de 7 a 24 de julho em dez municípios do Rio Grande do Norte e envolveram 21 instituições de ensino superior. Os seis alunos do curso de Jornalismo e dois alunos da Publicidade e Propaganda da UPF foram acompanhados pelas professoras Nadja Hartmann e Ana Maria Migott.
A Operação reuniu 210 rondonistas, que deixaram a semente do conhecimento plantada em cada comunidade por onde passaram. Em troca, receberam verdadeiras lições de vida. E cada momento não passou despercebido pela equipe de comunicação. Foram mais de 5 mil fotos, centenas de postagens no Facebook, no Instagram e no Twitter, média de 40 vídeos, além dos textos para o site do Projeto Rondon. Um dos principais trabalhos da equipe foi a elaboração de dois videodocumentários, que foram apresentados na solenidade de encerramento da operação. O trabalho foi intenso e, segundo os membros do grupo, deixou valiosas experiências profissionais e pessoais.
Para a professora da FAC Nadja Hartmann, a equipe da UPF conseguiu deixar a sua marca na cobertura realizada. “Realizamos um trabalho com alta qualificação técnica, mas, ao mesmo tempo, sensível e humano, retratando o verdadeiro espírito do Rondon”, afirmou.
Novamente com os pés em solo gaúcho, Débora Iarcheski, estudante de Publicidade e Propaganda, comenta como é difícil explicar a sensação de fazer parte do Rondon. “Ter feito essa cobertura foi muito legal, foi uma experiência além do que eu esperava. Quando falam que Rondon não se explica, se sente, é pura verdade. Não tem como traduzir em palavras tudo que eu vi e vivi nesses dias. Expressar a vivência do Projeto Rondon parece impossível, tamanha a dimensão de sentimentos que o envolve. Foram cliques, histórias e imagens dos verdadeiros heróis do sertão que lutam diariamente por um amanhã melhor”, ressaltou Débora.
Retratar uma realidade diferente do que se está acostumado é, também, ter a capacidade de deixar-se envolver e conhecer o que está além das fronteiras comuns. Gians Rodrigues, estudante de Jornalismo, revela que foi transformado pelo Rondon. “A experiência do Projeto Rondon marcou minha vida de modo inexplicável. Pessoal e profissionalmente, sou a mesma pessoa com outra essência, houve uma transformação. Aprendi a superar meus limites, a ter paciência e, com certeza, a perceber o sentido de união. Fomos literalmente uma família. Conheci pessoas que eu nunca vou esquecer e que me ensinaram que não precisa de muito para ser feliz”, destacou Gians.
De acordo com os membros do projeto, a equipe de comunicação social da UPF retornou diferente. Conforme eles, as malas, mais pesadas, carregam conhecimento, vivência profissional e lições pessoais de vida e de cidadania. Olhar para uma nova cultura com respeito e admiração, retratar o trabalho de 210 rondonistas com a sensibilidade e responsabilidade profissional e aprender que a união faz a diferença em uma cobertura jornalística são apenas alguns dos itens que deixaram essas malas mais completas e mais cheias de experiências de vida.
As experiências vivenciadas pelo grupo serão compartilhadas com os colegas da FAC. Dois eventos já estão sendo programados. Neles, será apresentado todo o material produzido na operação.
Alunos da UPF retornam do Projeto Rondon
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